Alemanha: emprego no nível mais alto desde 1990

É o maior número de pessoas empregadas desde a reunificação da Alemanha, que aconteceu em 1990. A população activa na Alemanha totalizou 41,6 milhões de trabalhadores em finais de 2011, mais 560 mil (1,4%) do que no ano anterior, anunciou esta quinta-feira o Instituto Federal de Estatística (Destatis).

Números que contrastam - e muito - com o que se verifica em Portugal. Ainda hoje o INE revelou que a taxa de desemprego alcançou um recorde de 14% no quarto trimestre de 2011. Todos os dias são destruídos 1.300 empregos.

Uma realidade que faz muitos tentarem a sorte noutros países. E, por acaso, a própria Alemanha está a recrutar em Portugal.

Quanto às vagas para empregos, atingiram 1,13 milhões no último trimestre de 2011, mais 110 mil do que no trimestre anterior, apesar de o Produto Interno Bruto ter caído 0,2% no mesmo período, o que já não acontecia há três anos.

Quase dois terços das novas vagas surgiram no sector de serviços, seguindo-se o comércio, os transportes, a hotelaria e gastronomia e a construção civil.

A evolução do número de vagas para empregos é considerada um indicador importante da dinâmica do mercado de trabalho, e pode antecipar, neste caso, a redução do desemprego.

Vários especialistas apontaram para um crescimento da economia alemã a rondar 0,5% em 2012, bem menos do que os três por cento obtidos no ano passado.

A previsão do governo federal, apresentada a 18 de Janeiro, apontou para um crescimento de 0,7% neste ano, e afastou a hipótese de uma recessão, apesar do arrefecimento da economia.

O ministério da tutela admitiu, porém, que a evolução da crise das dívidas soberanas na Europa é uma incógnita, e pode contribuir para agravar os possíveis cenários.

Quanto ao desemprego, deverá atingir, em média, 6,8% em 2012, depois dos 7,1% registados no ano anterior, segundo o executivo germânico.