Quinze prostitutas dinamarquesas decidiram oferecer sexo grátis aos participantes da Cimeira sobre alterações climáticas, em Copenhaga, que se inicia esta segunda-feira, em protesto contra a atitude da Câmara local de desincentivar o recurso ao sexo pago por parte dos conferencistas.
De acordo com o «The Copenhagen Post», a autarquia local alertou 160 hotéis da cidade para que não facilitassem o encontro entre hóspedes e prostitutas.
Em parceria com entidades não-governamentais, foram mesmo distribuídos panfletos em que se podia ler: «Seja responsável. Não compre sexo».
A reacção do Grupo de Interesse das Trabalhadoras do Sexo não tardou: «é pura discriminação», diz.
Quem pretender sexo grátis, deve apenas levar um dos cartões anti-prostituição e apresentar também a credencial da conferência. A cortesia não pode ser repetida, pelo que as profissionais do sexo ficarão com a identificação de cada cliente.
A presidente da Câmara de Copenhaga, Ritt Bjerregaard, contrapõe que tem «o direito de decidir qual a imagem que a cidade deve passar durante o evento internacional. Acho lamentável que se compre sexo», diz.
Por seu lado, Susanne Moller, porta-voz da instituição que defende o interesse das prostitutas afirma que «Ritt Bjerregaard está a abusar da sua posição quando impede as prostitutas de realizarem o seu trabalho legalmente».
Recorde-se que a prostituição é uma actividade legalizada na Dinamarca.
A Cimeira do ambiente vai levar até Copenhaga líderes mundiais como Gordon Brown e Nicolas Sarkozy. Barack Obama estará presente no encerramento do encontro.
Cimeira de Copenhaga: prostitutas em protesto oferecem sexo
- Redação
- CR
- 5 dez 2009, 16:47
Câmara da capital dinamarquesa pediu aos conferencistas para não comprarem sexo. Profissionais do sexo falam em «discriminação»
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