Quercus contra ampliação de pedreiras em Fátima - TVI

Quercus contra ampliação de pedreiras em Fátima

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Ambientalistas consideram que o processo é uma «fraude»

A associação ambientalista Quercus manifestou-se, esta segunda-feira, contra a ampliação de duas pedreiras na freguesia de Fátima, considerando que o seu processo de ampliação, em consulta pública de avaliação de impacte ambiental, é uma «fraude».

«Estes processos constituem uma fraude para tentar legalizar a ampliação já iniciada, devido à falta de fiscalização das autoridades», lê-se num comunicado da Quercus citado pela Lusa.

O documento sustenta que as duas pedreiras, localizadas na aldeia de Casal Farto, «têm contribuído para a degradação paisagística junto do limite do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros».

De acordo com a associação, as pedreiras, «cuja exploração teve início depois de 2002 com a destruição de pinhal e de azinhal protegido», foram «licenciadas pela Direcção Regional de Economia de Lisboa e Vale do Tejo, do Ministério da Economia» apesar de «forte contestação».

A Quercus sublinha que o estudo de impacte ambiental reconhece que, no caso de uma das pedreiras, a exploração «extravasou a área licenciada», tendo o requerente desencadeado o seu processo de regularização.

«Para além da destruição inicial da floresta, provocada pelas pedreiras na área que foi licenciada, a empresa explorou fora da área licenciada, o que é manifestamente ilegal», reitera a associação, para quem esta situação «só pode ter ocorrido devido à manifesta falta de fiscalização das autoridades, nomeadamente da Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território, a qual devia ter meios suficientes para actuação».

Também no caso da segunda pedreira, a área de ampliação «já foi intervencionada para exploração de pedra antes do início deste processo de avaliação de impacte ambiental», acrescenta o comunicado.
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