Cláudio Alegre, ex-concorrente da «Casa dos Segredos 6», esteve esta segunda-feira no programa «Goucha» da TVI e falou sobre a depressão que ainda se encontra a enfrentar.
«Inicialmente, até sentirmos que alguma coisa não está bem, é o desabar. É sentirmos a bolha a encher, a encher e o saco rebenta», começou por referir Cláudio Alegre.
O ex-concorrente continuou: «O que acontece é que entrou a quarentena, eu era um passarinho solto, livre, tinha que ter tempo para estar com as pessoas que mais amava e logo aí foi um grande bloqueio, foi tentar começar tudo do zero».
«Nós não sabíamos quando é podíamos voltar a abrir, por exemplo, as portas da nossa escola de dança, foi um investimento que foi por água abaixo», explicou.
A paternidade também causou um misto de sentimentos em Cláudio Alegre: «Entretanto, fomos pais do Guilherme durante a quarentena e supostamente era a fase que eu devia estar mais feliz...».
«E trouxe-me imensa felicidade, mas também um sentimento agridoce, porque eu sentia que já não estava bem até ao meu filho ter nascido e a partir desse momento eu estava muito focado no trabalho na casa, nele e esqueci-me de mim», explicou.
Cláudio Alegre acrescentou: «Onde é que eu me encaixava naquilo tudo? Eu devia de sorrir, de estar imensamente feliz, mas muitas vezes sentia-me um robot. A servir para o meu trabalho, para a minha vida e eu? Onde é que eu tenho espaço para mim? E foi isso que me levou muito abaixo».
O ex-concorrente explicou que recorreu «a psiquiatras, fiz medicação, tive melhorias, voltamos a abrir a nossa escola de dança, mas a medicação fez-me o efeito completamente contrário».
«Havia dias que estava muito controlado e outros que queria desaparecer. Trazia-me o meu lado mais negativo que é: 'O que tu fazes aqui?'. O lado mais escuro, o abismo, o vazio. É o 'tu não vais acordar porque tu não mereces estar aqui'», contou.