Ouvimos o testemunho de Cláudia, que teve uma infância marcada pela violência. Em adulta, colocou a hipótese de colocar termo á vida, mas foi salva. Conheça esta história
Esta segunda-feira, dia 11 de março, conhecemos a história de Cláudia Piorro, que teve uma infância marcada pelos maus-tratos e abusos sexuais. Na reportagem que assinala o início do programa apresentado por Manuel Luís Goucha, a nossa convidada começa por explicar que sofreu violência doméstica por parte do pai. Segundo a mesma, o pai sofria de alcoolismo, era pescador e sempre que este chegava a caso, instalava-se um ambiente de autêntico terror, medo e instabilidade. Cláudia descreve até algumas das cenas violentas, das quais foi vítima, juntamente com a mãe e irmãos: «Deu-me tantos estalos, que fiquei surda, a sangrar dos ouvidos». Ainda assim, apesar do péssimo ambiente vivido em casa, Cláudia revela que não sabia lidar com a rejeição do pai, e que o seu desejo era perdoá-lo, até que recebeu a notícia da morte do mesmo.
Para além das agressões das quais foi vítima, por parte do pai, a nossa convidada fala-nos de outro momento marcante e traumatizante, que marcou indubitavelmente os seus primeiros anos de vida: o abuso sexual. Conta que, aos 8 anos, um primo do pai foi viver para a casa da família, e que começou por conquistar a confiança da mesma, até ter começado a 'deitar-se ao seu lado'. «Começou a ir ter comigo à cama, a pôr-me a mão nas partes íntimas e a tentar beijar-me na boca. Nunca pensei que ele me pudesse fazer aquilo. A verdade é que a maior parte dos violadores estão em casa», relata.
Na reta final da conversa, Cláudia explica-nos que esteve prestes a colocar termo à vida devido a uma relação tóxica que viveu, e recorda como a 'terapia das constelações familiares' a demoveu dessa ideia. Para explicar tudo sobre esse mesmo processo de cura, recebemos a terapeuta Sandra Santos.