Entre as 13.45 e as 15.30 horas, Salgueiro Maia ameaçou por três vezes, através de um megafone, disparar sobre o Quartel do Carmo, colocando mesmo um blindado em posição de tiro. Até que os portões se abrem, Salgueiro Maia acabou por entrar no edifício e chegou à fala com Marcello Caetano, que se encontrava refugiado no Quartel.
O presidente do Conselho de Ministros perguntou quem está por detrás do golpe militar e exigiu passar o poder a um oficial-general: na circunstância, António de Spínola. Os militares aceitaram e pediram ao general que se dirigisse ao Quartel do Carmo, para receber o poder de Marcello Caetano. Salgueiro Maia abandonou o edifício pelas 17 horas e a multidão no exterior cantou o hino nacional.
Pelas 17.45 horas, António de Spínola chegou ao Largo do Carmo e, após largos minutos envolvido pela multidão, o carro que transportava o General entrou no Quartel, acompanhado de Salgueiro Maia. Foi comunicado a Marcello Caetano como seria feita a retirada dos membros do governo. Pelas 19 horas, uma chaimite entrou de marcha-atrás no quartel, os membros do governo entraram e foram transportados para a Pontinha, onde se encontrava o Posto de Comando do Movimento.
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