A28 deverá manter-se em regime SCUT - TVI

A28 deverá manter-se em regime SCUT

  • Portugal Diário
  • 9 out 2007, 18:26
Scut

Movimento cívico diz que não há alternativas

O movimento cívico «Alto Minho contra novas portagens» mostrou-se esta terça-feira convicto de que a A-28 entre Viana do Castelo e Porto se manterá em regime SCUT (sem custos para o utilizador), face à «inexistência de qualquer alternativa», noticia a Lusa.

«O que hoje nos foi dito pelo Governo é que a implementação de portagens nas SCUT é irreversível, mas que haverá excepções nos lanços onde não houver uma alternativa minimamente viável. E, definitivamente, a EN-13 há muito que já não é alternativa a coisíssima nenhuma», disse o porta-voz daquele movimento.

José Carlos Barbosa falava no final de uma reunião com a adjunta do secretário de Estado das Obras Públicas, Rosário Rossio, convocada expressamente por aquele movimento para uma vez mais apresentar os argumentos que, em seu entender, justificam a manutenção do regime SCUT na A-28.

Segundo José Carlos Barbosa, o Governo mostrou-se «irredutível» na decisão de portajar as SCUT, embora não tenha avançado com qualquer prazo para o início do pagamento.

No entanto, comprometeu-se a estudar no local, conjuntamente com as câmaras municipais, lanço a lanço, para se inteirar das condições das estradas alternativas, e apelou aos autarcas para terem uma posição «firme» na defesa dos interesses da região.

«Para já, vamos esperar para ver no que dão essas "negociações" com as câmaras, mas com a garantia de que estaremos sempre atentos e dispostos a lutar por aquilo que consideramos um acto de justiça», assegurou.

«O estudo está claramente mal feito»

O movimento «Alto Minho contra novas portagens» já criticou, por mais que uma vez, o estudo apresentado pelo Governo para justificar o pagamento da utilização da A-28, classificando-o de «demasiado inconsistente para ser levado a sério».

«O estudo está claramente mal feito», referiu José Carlos Barbosa.

Aquele movimento já elaborou, e vem apresentando às entidades governamentais, um documento com que pretende desmontar os argumentos do estudo do Governo

Nesse documento, o movimento contra as portagens defende que a EN-13 «nunca poderá constituir-se como alternativa» à A-28 uma vez que cerca de 75 por cento do seu percurso «tem um perfil urbano» com limitação de velocidade a 50 quilómetros horários.

Os restantes 25 por cento, em que a velocidade «presumida» é superior a 50 quilómetros, não são contínuos e estão dispersos por 10 troços.

O movimento também já procedeu à elaboração de um mapa da EN-13 entre Viana do Castelo e o Porto onde são apontados cerca de 500 constrangimentos à circulação rodoviária.
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