UGT quer aumento de 3,5% para as pensões em 2007 - TVI

UGT quer aumento de 3,5% para as pensões em 2007

João Proença, secretário-geral da UGT

A UGT defendeu esta quarta-feira um aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 405 euros, já a partir de 2007.

O aumento de 19,10 euros no SMN dos actuais 385,90 euros para os 405 euros representa uma subida de 5 por cento.

«Continuamos a ter o salário mínimo mais baixo da UE15 e até da EU-25. No primeiro semestre de 2007 queremos que seja discutido o crescimento do salário mínimo a quatro anos, de forma a garantir o seu crescimento real e uma aproximação aos valores médios da União Europeia e, principalmente de Espanha», afirmou o secretário-geral da UGT, João Proença.

A central sindical reivindica ainda um aumento salarial na negociação colectiva entre 3% e 4%, podendo estas percentagens variarem consoante a situação da empresa ou do sector.

Já no que se refere às pensões, a central sindical propõe que deixem de estar indexadas ao SMN já em 2007 e reivindica um aumento de 3,5%, no caso das pensões inferiores ou iguais a seis salários mínimos, e um aumento de 3% nas pensões superiores a seis salários mínimos, acrescenta João Proença.

Segundo o líder sindical «é fundamental que em 2007, quer no sector público, quer no privado, se abandonem as políticas restritivas e de contenção que têm afectado os trabalhadores, pensionistas, as famílias e o desenvolvimento do país».

No que diz respeito ao cenário macroeconómico, a UGT garante que «é esperada uma ligeira recuperação com as últimas previsões a apontarem variações entre 1,1% e os 1,8%». Quanto ao mercado de emprego, os dados apontam para melhorias ligeiras mas também prevê uma estagnação da taxa do desemprego em 2007.

A UGT apresentou ainda um conjunto de preocupações face à flexibilização da idade de reforma, aos trabalhadores com grande carreira contributiva e relativas também ao abono de família.

Nesta matéria a UGT espera um aumento ponderado de 4%, garantindo que é indispensável discutir a distribuição deste aumento.

A política fiscal foi outra das questões levantadas pela UGT que defende a actualização do limite da dedução específica dos rendimentos do trabalho que deve ser semelhante ao aumento médio dos salários que foi proposto, ou seja, 3,5%.

«O sistema fiscal deverá apoiar e incentivar as famílias. Propomos então uma automatização das deduções com despesas da educação e formação profissional dos trabalhadores com o limite de um salário mínimo. Consideramos, ainda, que se devem reforçar os incentivos para a abertura de creches e infantários nas empresas e a criação de mecanismos complementares de segurança social por via da negociação colectiva», conclui.
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