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Como proteger o seu dinheiro

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As estratégias para fugir à crise: acções, fundos, ouro e crédito à habitação.

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O momento é sensível e já não há quem tente escondê-lo. Depois de a CMVM ter alertado para a cautela necessária, agora foi o Governo, através do ministro das Finanças, a lançar um «aviso à navegação», diz o «Diário Económico».

«Temos de estar vigilantes e atentos à evolução dos mercados financeiros», afirmou ontem Fernando Teixeira dos Santos. Ou seja, sem dramatismos e também sem tentar esconder o que se passa, as autoridades estão atentas, não deixando de alertar os próprios consumidores de produtos financeiros para a necessidade de tomarem cuidado.

Teixeira dos Santos aproveitou ainda para lembrar a necessidade de «fazer um esforço no sentido de termos uma supervisão atenta e de reforçar a transparência dos instrumentos financeiros».

E, de facto, a situação tem melhorado, neste campo. A CMVM disponbiliza toda a informação relativa aos prospectos e ao conteúdo dos fundos de investimento; mas a informação não é, muitas vezes, suficiente para travar impactos que, em grande medida, nos chegam do globalizado mercado exterior.

Falando à margem da tomada de posse do novo Director-Geral dos Impostos, Teixeira dos Santos não se furtou a responder acerca da decisão do BPI que, recentemente, encerrou um fundo, afectado pela instabilidade iniciada pela crise do «subprime». Para o ministro, «esta foi uma decisão de gestão e não de dificuldades de liquidez da instituição» e a medida tomada pelo banco, acrescentou Teixeira dos Santos, visou «defender e acautelar os participantes do fundo em causa».

Apesar dos receios e da «pista» deixada por Carlos Tavares sobre as dificuldades de um outro fundo que teve de se endividar para fazer face às responsabilidades, não foram conhecidos novos casos de fundos nacionais em apuros. De qualquer maneira, os investidores continuam dominados por dúvidas e pela incerteza.

As sociedades gestoras não acusam um grande volume de resgates, mas, por outro lado, estão a ser forçadas, como nunca, a responder a dúvidas de clientes que, muitas vezes de forma desatenta, se limitam a aceitar um conselho de investimento sem saber, de forma cabal, o que estão a comprar.

Onde devo colocar o meu dinheiro, consoante o risco que estou disposto a suportar?

Por entre a incerteza, a subida das bolsas na sessão de ontem foi uma lufada de ar fresco, mostrando que as quedas das últimas semanas poderão ter trazido algumas oportunidades de compra. Mas, para além das acções, há todo um mundo de activos que podem ajudar a equilibrar a carteira dos investidores. É isso que o Diário Económico lhe mostra nas páginas seguintes.

Investimentos em acções e fundos

1 - Portucel é a preferida dos analistas

Na lista de acções preferidas dos analistas, os títulos da Portucel continuam a ocupar um lugar de destaque. A papeleira é uma das «top picks» do millennium bcp e merece também a preferência de outras casas de investimento.

2 - Fundos de acções nacionais menos rentáveis

Os fundos de acções nacionais apresentavam, no final da semana passada, rentabilidades entre os 13% e os 25%. Apesar das taxas apresentadas por estes produtos estarem acima da valorização do principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20 (+7%), têm vindo a perder alguma da rentabilidade, por causa da crise financeira que tem afectado as principais bolsas.

3 - Rentabilidades negativas nas acções sectoriais

Nos fundos de acções sectoriais, as rentabilidades negativas agravaram-se, em alguns produtos, desde o início de Agosto, quando a crise do «subprime» estalou nos mercados norte-americanos. Assim, fundos de acções com aplicações no sector da banca e seguros são os mais penalizados e as financeiras foram as mais afectadas pela crise.

4 - PT Multimédia entre as acções mais arriscadas

Em apenas quatro dias, os títulos da PT Multimédia caíram mais de 17%, cotaram abaixo da barreira dos 10 euros e anularam a maior parte dos ganhos acumulados neste ano.
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