Empresas vão ser capazes de ultrapassar a crise - TVI

Empresas vão ser capazes de ultrapassar a crise

Presidente da associação de empresas de construção civil nos Açores recusa «clima de catástrofe»

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A associação que representa as empresas de construção civil nos Açores (AICOPA) recusou o «clima de catástrofe» criado em torno do sector, admitindo que as empresas vão ser capazes de ultrapassar a crise sem fechar portas.

«Não vamos medir a crise no sector em termos do número de falências. As empresas vão seguramente aguentar-se mal, haverá alguns despedimentos, mas penso que não há nenhum clima catastrófico», afirmou em entrevista à agência Lusa o presidente da Associação dos Industriais de Construção e Obras Públicas dos Açores (AICOPA), Albano Furtado.

A construção civil e turismo são os dois principais sectores já diagnosticados pelo Presidente do Governo Regional onde a crise económica internacional poderá causar mais estragos.

Açores tem 1100 empresas de construção civil

No arquipélago estão licenciadas 1.100 empresas de construção civil, distribuídas pelas várias ilhas, sendo que só São Miguel concentra cerca de 60 por cento do tecido empresarial ligado ao sector.

Para Albano Furtado, o facto de mais de 65 por cento das empresas na região terem menos de dez empregados e serem de raiz familiar significa que a ocorrer falências estas «não se reflectem em termos de uma percentagem significativa».

«As empresas que abrem falência tem uma grande estrutura, têm um certo nível de endividamento bancário, estão muito dependentes de outros clientes, e como este não é o nosso caso não é de prever que ocorram falências nas ilhas», disse Albano Furtado.

A crise pode, no entanto, provocar despedimentos entre as 19 mil pessoas que trabalham no sector, sem apontar previsões. «Admito que possa haver uma diminuição do número de trabalhadores no sector. Pelo que conheço, e não se reflecte muito ainda em estatísticas, há diversas empresas que têm despedido gente», referiu Albano Furtado, que não partilha do pessimismo instalado, e prefere antes encarar o futuro «com optimismo e esperança».
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