Patrões criticam falta de apoios no QREN à internacionalização - TVI

Patrões criticam falta de apoios no QREN à internacionalização

Portugal

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) criticam a falta de instrumentos de apoio à internacionalização das empresas inseridas no Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) apresentado recentemente pelo Governo.

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De acordo com as duas associações, o Executivo deveria implementar «apoios às empresas na prospecção de mercados e na promoção dos seus produtos no exterior e a facilitar e inserir a sua acção no mercado global, na modalidade de incentivo não reembolsável».

Os patrões apontam ainda ao QREN fragilidades no apoio à criação de dimensão crítica das pequenas e médias empresas (PME). «A dimensão é uma condição prévia para o sucesso da internacionalização das empresas portuguesas», como tal, de acordo com as duas entidades, «deveria haver apoios quer à integração empresarial, quer medidas que estimulem a associação das empresas para enfrentar mercados onde a concorrência, com base quer no preço quer na qualidade, é muito exigente».

Estado consome 43% do financiamento

Outra área em que o QREN é omisso, segundo a AEP e a AIP, é o do apoio à deslocalização de empresas para parques empresariais devidamente infra-estruturados e localizados, numa óptica de fomento do ordenamento industrial.

Uma outra área criticada pelos dois organismos é o sistema de incentivos directos às empresas. «O que se prepara na prática é um forte desinvestimento em termos de contrapartida pública nacional aos incentivos directos e mesmo dos indirectos e uma concentração dos mesmos no eixo IV ¿ Uma Administração Pública eficiente e de qualidade».

Segundo as contas da AEP e AIP o financiamento público nacional é de 685,6 milhões de euros, contra 3.103,8 milhões de euros de financiamento comunitário e daqueles 685,6 milhões de euros mais de 293 milhões vão para o eixo IV. Isto significa, de acordo com o mesmo, que «o Estado português vai consumir com ele próprio 43% do total do valor».
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