O Orçamento de Estado (OE) para 2011 «é mau, mas deve ser aprovado e pode ser melhorado», disse à Lusa o economista e professor catedrático da Universidade Católica Alberto Castro.
Alberto Castro considera também que «havia alternativa» ao orçamento apresentado pelo Governo, «mas não substancialmente diferente».
A pressão, aliás, parece ser cada vez maior. Os Estados Unidos também já apelam a consenso e aprovação do Orçamento português, enquanto que o Governo lança ataques ao Governo, dizendo que Sócrates não vai ao debate. Algo entretanto desmentido .
Alberto Castro diz que «o ministro das Finanças tem toda a razão» quando alerta para as consequências negativas para o país caso o Orçamento venha a ser chumbado.
«Se o Orçamento não for aprovado, vamos ter uma quebra brutal da nossa reputação, a nossa avaliação internacional vai-se deteriorar, as taxas de juro vão subir e, eventualmente, isso tem custos de tal maneira elevados que nessa altura vai ser melhor uma solução FMI», salienta.
Alberto Castro sustenta que o ministro Teixeira dos Santos «tem condições para negociar com o PSD», opinando que este partido «vai enfatizar algum alívio no lado fiscal e impor que as deduções fiscais sejam aliviadas para os escalões de rendimentos mais baixos».
O economista acredita também que os sociais-democratas poderão bater-se por «apoios às exportações que não previstos» no orçamento e, ainda, propor uma troca entre uma descida da taxa social única e a criação de emprego.
OE: presidente do Eurogrupo apela à responsabilidade da oposição
Pina Moura: vinda do FMI «não seria nenhum drama especial»
Basílio Horta: chumbo do OE seria dramático para as empresas
OE2011: «Orçamento é mau, mas deve ser aprovado»
- Redação
- RL
- 18 out 2010, 20:03
Professor da Universidade Católica Alberto Castro diz que «ministro das Finanças tem toda a razão» quando alerta para as consequências do chumbo do documento
Continue a ler esta notícia