Contra abate de árvores

Mais de uma dezena de ambientalistas da Quercus iniciaram às 19:00 de domingo uma vigília contra o começo, segunda-feira, da construção do Túnel das Amoreiras, em Lisboa, e para contestar o abate de árvores que dizem estar previsto.

A vigília, que deverá prolongar-se pela madrugada de segunda-feira, decorre na ponta sul do parque Eduardo VII, onde a zona arborizada que acompanha a Avenida Duarte Pacheco será uma das que vai desaparecer, num total de 150 árvores, acusam os ambientalistas.

A acusação de que vão ser abatidas árvores é contestada pela Câmara de Lisboa, embora não completamente desmentida.

"Não haverá zonas verdes de relevância paisagística atingidas, nem serão abatidas quaisquer espécies de árvores importantes", refere um comunicado emitido sábado pela autarquia.

Para a Quercus, o argumento de que haverá rearborização depois da conclusão das obras é falacioso porque "pouco poderão crescer em cima de uma placa de betão, para além de que a placa central tem uma abertura, pelo que haverá zonas onde não vai voltar a haver árvores", insiste o dirigente ambientalista Carlos Moura.

Para já, os ambientalistas continuam a recolher assinaturas de cidadãos recenseados em Lisboa para a realização de um referendo sobre o Túnel das Amoreiras.