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TGV: Alstom, Bombardier e Simens estão interessadas em fornecer comboios

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Os três fabricantes de material ferroviário com presença em Portugal, Alstom, Bombardier e Siemens, mostraram-se esta quarta-feira interessados em fornecer os comboios para o projecto de alta velocidade português, cujo modelo de negócio vai ser apresentado quinta-feira.

Em declarações à agência «Lusa», o director de clientes da Alstom Transport em Portugal, Paulo Ferreira, afirmou que «o projecto de alta velocidade português se reveste de particular importância para a Alstom, uma vez que encerra um conjunto de particularidades, nas quais se inclui a dinamização de um cluster ferroviário em Portugal».

Inserido na estratégia do fabricante francês de comboios de alta velocidade (TGV) de «estar presente em todos os grandes projectos de alta velocidade a nível mundial», o director de clientes da Alstom considera que o projecto português ligará o país a «uma rede transeuropeia de transportes, o que certamente revolucionará o transporte de passageiros e de mercadorias na Europa», contribuindo para «uma melhoria da mobilidade dos portugueses».

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Para Paulo Ferreira, a «capacidade de integração das diversas especialidades que constituem uma linha de alta velocidade», aliado à «capacidade de conceber, integrar e executar todas as especialidades que compõem o sistema ferroviário (via, catenária/subestações, telecomunicações, sinalização e comboios)», podem ser mais-valias da proposta da Alstom.

Para o projecto português, a Alstom poderá apresentar o novo comboio, o AGV, «o comboio mais leve do mercado, que contribui para uma diminuição drástica dos custos com consumo de energia e manutenção».

Também o director de comunicação da Bombardier em Portugal, Luís Ramos, disse à «Lusa» que a multinacional canadiana está «muito interessada» no projecto de alta velocidade português.

«A Bombardier conhece muito bem o mercado português, é a empresa mais preparada e com melhor capacidade para adaptar um comboio de velocidade standard à alta velocidade», sublinhou Luís Ramos.

O director de comunicação da Bombardier disse que só depois do operador escolhido anunciar as características que devem ter os comboios, será possível dizer qual o modelo mais adequado ao projecto português.

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No entanto, Luís Ramos considera que a nova geração de comboios, Zéfiro, «com características optimizadas ao nível da aerodinâmica, design e conforto», poderá adequar-se ao projecto português.

Por seu turno, o director-geral da área dos transportes da Siemens Portugal, Manuel Nunes, afirmou à «Lusa» que a empresa tem «todas as tecnologias e soluções necessárias» para o projecto de alta velocidade português, garantindo que a «Siemens é o único fabricante com capacidade para fornecer e integrar todas as especialidades electromecânicas próprias e material circulante e assegurar os serviços de manutenção integrada de todo o sistema».

«A Siemens está particularmente à vontade para fornecer e integrar especialidades diversas e que exigem competências específicas como a energia, sistemas de alimentação e catenárias, telecomunicações e sinalização (onde a informática/software assume particular importância), material circulante e manutenção», acrescentou Manuel Nunes.

Quanto ao modelo de negócio, que será apresentado quinta-feira, às 15h00, no Centro de Congressos, em Lisboa, os fabricantes de material ferroviário afirmaram não ter preferências por um modelo.

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