Cerca de 140 pessoas juntam-se esta quarta-feira em Lisboa no primeiro Fórum para as Alterações Climáticas, que junta todos os agentes envolvidos na aplicação dos instrumentos de combate a este problema e de alcance das metas de Quioto.
O encontro é promovido pela Comissão para as Alterações Climáticas (CAC), que decidiu promover uma reunião anual dedicada à problemática das alterações climáticas, alargada à representação de entidades da sociedade civil e dos diversos sectores.
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«A definição do futuro regime climático e o aproveitamento de oportunidades criadas pelo mercado de carbono, determinam uma necessidade acrescida de partilha de informação e de experiências entre diferentes quadrantes, quer das áreas de governação, quer da sociedade civil», refere o ministério do Ambiente em comunicado.
Da agenda da reunião consta um ponto de situação sobre o cumprimento do Protocolo de Quioto, sobre o pacote «energia e clima» da União Europeia e as suas implicações para Portugal, e as bases para uma Estratégia Nacional para a adaptação às alterações climáticas.
Preço dos combustíveis devia servir de lição
A participação da sociedade civil na discussão do dossier das alterações climáticas é motivo de congratulação da associação ambientalista Quercus, que em comunicado lembra que até agora apenas a administração pública - através da CAC - tinha capacidade de decisão e acompanhamento desta matéria.
A Quercus lembra que o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (versão publicada em Agosto de 2006) obriga a um acompanhamento e monitorização que deverão ser publicamente disponibilizados.
A Quercus considera que a "provável" descida nas emissões de gases de efeito de estufa em Portugal, que deverá ocorrer em 2007 e 2008, se deve a dois factores externos, independentes da política governamental que deveria estar a ser completamente executada: a subida do preço dos combustíveis e um clima mais ameno com menos frio no Inverno e menos quente no Verão.
«Infelizmente é fácil verificar que as evidências do elevado preço do petróleo que deveriam ser motivo de aprendizagem para os governos em termos de modelo energético sustentável não o estão a ser. As opções de eficiência energética estão longe de estar implementadas», criticam os ambientalistas.
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