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Autoeuropa vai fazer tudo para assegurar futuro da fábrica

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Direcção da empresa só deverá tomar decisões na próxima semana. Chumbo ao pré-acordo laboral pode comprometer 250 trabalhadores

[Notícia actualizada]

A administração da Autoeuropa anunciou esta quinta-feira que irá avançar, muito em breve, com «medidas para responder competitivamente às oscilações do mercado». Ou seja, vai fazer tudo o que for possível para assegurar o futuro da fábrica de Palmela.

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A reunião da direcção da fábrica com a Comissão de Trabalhadores, relativa ao chumbo dos funcionários ao pré-acordo laboral, já acabou mas a direcção da empresa só deverá tomar decisões na próxima semana.

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Para já, num comunicado enviado à redacção da Agência Financeira, a administração da Autoeuropa garantiu que continuará «a esforçar-se por oferecer aos seus trabalhadores as melhores condições possíveis num quadro altamente competitivo» que hoje caracteriza a disputa pela produção de novos modelos entre todas as fábricas do grupo, assegurando o futuro da empresa.

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A administração da fábrica confirma ainda que do universo de 3.040 colaboradores inscritos 2.668 votaram o pré-acordo laboral. Ao todo, houve 1.381 votos pelo «não» face aos 1.252 votos a favor do «sim». Houve ainda 28 votos em branco e sete nulos.

Em cima da mesa estava uma redução do pagamento do trabalho extraordinário em seis sábados por ano como forma de aumentar a flexibilidade da empresa para enfrentar a crise do sector automóvel.

Falta de entendimento pode ameaçar 250 trabalhadores

Se não houver entendimento, alguns trabalhadores podem ficar em risco de perderem os seus postos de trabalho, disse fonte da empresa à AF. Poderão ser cerca de 250, mas em risco imediato estão por agora 70 funcionários. As reacções à imprensa já se fizeram sentir.

O primeiro-ministro, José Sócrates, apelou já a um entendimento entre as duas partes, para que continuem as negociações de forma a chegarem a um pré-acordo de flexibilização laboral da fábrica.

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«Tenho a certeza que os administradores da Autoeuropa e os trabalhadores acabarão por chegar a um acordo», disse José Sócrates citado pela Lusa à chegada a Bruxelas, depois de frisar que «é muito importante que esse acordo exista».

Também a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, adiantou que espera que «o consenso e o bom senso imperem nas negociações na Autoeuropa», que estão comprometidas.

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«Estou preocupada com a Autoeuropa e com a situação que daí pode decorrer, mas espero, em todo o caso, que o consenso e o bom senso imperem naquelas negociações que estão em curso», disse, em Bruxelas, à agência Lusa,

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, mostrou-se confiante de que «as discordâncias entre a administração da Autoeuropa e os trabalhadores sejam ultrapassadas».

Funcionários rejeitam pré-acordo laboral

«Tenho confiança que vai ser possível ultrapassar as divergências e chegar a um acordo na Autoeuropa, uma empresa cujas relações laborais se têm baseado num diálogo entre os seus actores», frisou.

Já sobre uma possível intervenção do Governo na resolução do conflito, Vieira da Silva disse apenas que estes problemas devem ser resolvidos no seio da empresa, mas realçou que uma situação destas «deixa-nos sempre preocupados».

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