À agência «Lusa», Rogério Alexandre mostrou-se confiante na capacidade dos mercados financeiros para ultrapassarem a crise.
«Consolidar o que temos, reforçar a confiança com as três classes de clientes-o Estado e sector público, os bancos e as grandes empresas-e inovar, trazendo para Portugal novos produtos, proporcionando-lhes o que de melhor vamos conhecendo e desenvolvendo lá fora», são as prioridades do banco para o mercado português este ano.
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O presidente do Barclays Capital Portugal falava num encontro restrito com jornalistas, em Lisboa, em que falou também do que mudou, na sua opinião, a partir de Agosto, e das lições a tirar da actual crise, de confiança e de falta de liquidez, nos mercados financeiros.
Com origem no crédito hipotecário de alto risco nos Estado Unidos, a crise «nasceu no sistema financeiro e está confinada a ele», considerou o gestor, acreditando que há capacidade e instrumentos, nomeadamente a intervenção dos bancos centrais, como já aconteceu, para não a deixar alastrar a outros sectores.
«O mundo mudou a partir de Agosto, mas há que desmistificar porque o que aconteceu foi com uma única classe de activos", frisou.
E «tem aspectos positivos», defendeu, porque introduz o regresso a boas práticas como preços de risco melhor calculados e, por isso, com maiores diferenças do que as que existiram neste período.
Na sua opinião, e em resumo, o que aconteceu foi que havia um excesso de liquidez e o sistema financeiro começou a procurar onde aplicar, tendo acabado por fazê-lo numa classe de activos de maior risco.
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«Como havia uma bolha de crédito, com taxas de juro que muitos consideraram demasiado baixas durante demasiado tempo, criou-se a ideia de que qualquer pessoa podia comprar qualquer coisa a qualquer preço», e isso mudou, diz o presidente do Barclays Capital Portugal.
Após quatro anos de actividade, o Barclays Capital Portugal é líder em Portugal nos dois segmentos em que actua, o da dívida-emissão e colocação-pública e de empresas e a gestão de risco.
Em 2004 foi nomeado pela primeira vez «primary leader» e dois anos depois ocupava o primeiro lugar no ranking dos intermediadores financeiros da agência de gestão de dívida pública portuguesa, o IGCP, por exemplo.
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