[Notícia actualizada]
Vítor Constâncio disse esta terça-feira que acredita que vamos assistir a uma «perda de peso» do sector financeiro no conjunto da economia e garantiu que um movimento de consolidação no sector em Portugal é «desejável».
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«Com excepção do movimento de alguma consolidação, que acho desejável, o modelo de financiamento do sistema bancário português não deve sofrer grandes alterações», avançou na Conferência de Imprensa «Os Bancos e o Financiamento da Economia», organizada pela Associação Portuguesa de Bancos (APB).
Vítor Constâncio frisou que «vamos viver com instituições de grande dimensão, o que exige uma regulação adequada» e referiu que o «risco de liquidez do sistema está controlado, pelos menos, nos próximos meses».
No que diz respeito à concessão de crédito, voltou a lembrar que a expansão do crédito concedido pelos bancos está acima do PIB nominal, ou seja, tem crescido acima do crescimento da economia, tendo afastado a ideia de que a concessão de crédito tenha contribuído para o acentuar da crise.
«A concessão de crédito não contribuiu nem acentuou a crise no nosso país. O crédito vai continuar a crescer acima da economia», sublinhou antes de avançar que o crédito a empresas aumentou 8%, em 2008, no nosso país, ou seja, acima da média da Zona Euro.
O Governador do Banco de Portugal disse ainda que o peso do negócio internacional no activo das instituições financeiras portuguesas subiu de 8,8% para 11% e, no produto bancário, aumentou de 14,4% em 2007 para 18,4%, em 2008.
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