Usar cartão em compras acima de 8 euros é mais eficiente

Opção permite ganhos face ao pagamento em dinheiro

Pagar compras de valor superior a 8 euros com cartão de débito é mais eficiente do que com dinheiro. A conclusão é do estudo «Instrumentos de Pagamento de Retalho em Portugal: Custos e Benefícios», apresentado pelo Banco de Portugal (BdP) esta quarta-feira.

Segundo a mesma análise, as notas e moedas são, pelo contrário, mais eficientes nas transacções inferiores a 8 euros, que correspondem a 75 por cento das despesas feitas nos pontos de vendas.

Sobre as transacções acima dos 8 euros, o BdP refere ainda que «a utilização do cartão de débito em vez do numerário conduz a ganhos em termos de redução dos custos totais dos instrumentos de pagamento».

Na pesquisa efectuada pela instituição, e que se refere a 2005, o dinheiro continua a ser um meio de pagamento muito utilizado pelos portugueses: 96% dos pagamentos das despesas inferiores a 8 euros foram efectuadas com notas e moedas, enquanto nas transacções acima deste valor o «dinheiro vivo» também é mais utilizado: em 65% dos pagamentos. Neste último ponto, o BdP descreve a situação como «longe do ideal de utilização dos instrumentos de pagamentos».

Só nas compras superiores a 80 euros, correspondentes a pagamentos efectuados nos super e hipermercados, o cartão de débito ultrapassa o dinheiro.

Diferenças nos custos e proveitos

De acordo com as contas da instituição, o levantamento e depósito de dinheiro tem um custo unitário de 1,85 euros e um proveito de 8 cêntimos (num grau de cobertura de 4,3%), enquanto os cartões de débito têm, nas transacções, um custo de 23 cêntimos e um proveito de 18 cêntimos (numa cobertura de 81,5%).

O Banco de Portugal conclui que apenas os cartões de crédito (também nas transacções) e os débitos directos (nas instruções) são os instrumentos de pagamento em que os proveitos gerados com a sua utilização cobrem os custos associados à respectiva disponibilização.

Os cartões de crédito custam 2,44 euros e têm um proveito de 2,62 euros (num grau de cobertura de 107,5%), enquanto os débitos directos custam 9 cêntimos e detêm um proveito unitário de 15 cêntimos.

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