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«Entrada da CGD na PTM estava planeada desde a AG da PT»

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A entrada da CGD no capital da PT Multimédia (PTM), conforme noticiado no passado sábado pelo «Sol», estava já provavelmente delineada aquando da Assembleia-geral da PT, em que votou contra a desblindagem dos estatutos.

Quem o diz é o analista da Lisbon Brokers, John dos Santos. Confrontado com a possibilidade de esta estratégia do banco público já estar delineada desde aquela altura, o mesmo analista é peremptório: «Já pensavam nisto. Faz sentido. Faz mais sentido ter uma participação na PTM, até porque em termos financeiros, em termos de crescimento e em termos de interesse tem mais potencial», refere.

Para John dos Santos, «isto pode ser visto como um investimento financeiro ou outro qualquer». O analista recorda que a corrida da CGD pela PT Multimédia «não faz sentido em termos estratégicos», uma vez que o banco é controlado pelo Estado português. No entanto, lembrou que, com as alterações em curso no sector, com o avanço do spin-off da empresa, PT e PT Multimédia vão passar a oferecer os mesmos serviços, ou seja, vão concorrer entre si nos mesmos mercados.

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No que diz respeito à golden-share que o Estado detém na PT, o mesmo analista lembra que a mesma tem «os dias contados», até porque a Comissão Europeia há muito que quer ver o Estado abdicar dos direitos especiais na empresa. No entanto, esta nova movimentação, a confirmar-se, pode levantar novos problemas para o Estado português, junto de Bruxelas. «A Comissão Europeia não vê com bons olhos uma empresa que é detida a 100% pelo Estado, numa empresa destas», garante o analista. No entanto, lembra, ainda não há uma Lei definida.

O mesmo analista adianta que «o direito de voto deve ficar equivalente à participação, ou seja, 10,6%». Actualmente a CGD tem 5,14% na PT e «se quiserem ainda podem aumentar mais a participação», diz.

Governo não comenta «movimentações accionistas das empresas»

O Governo não comenta a notícia de que a Caixa Geral Depósitos (CGD) está a comprar ao Barclays a participação de 10% que este possuía no capital da PT Multimédia, por considerar que a mesma é uma questão entre accionistas.

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Fonte oficial do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações disse à «Agência Financeira» que «o Governo não faz qualquer comentário em relação à estrutura accionista da empresa». No entanto, lembrou que «o Estado defendeu sempre a cisão da PT/ PT Multimédia».

Recorde-se que o semanário «Sol» noticiou, no passado sábado, que a CGD comprou os 10,6% do Barclays na PTM. Com este reforço, a CGD passará a ser o maior accionista da dona da TV Cabo.

A «Agência Financeira» contactou ainda a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a PT, mas ambas recusaram comentar a notícia.

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