São relatórios de inspecção do Banco de Portugal (BdP) ao BPN que chegaram às mãos do deputado do PCP, Honório Novo, por carta anónima. E, segundo o deputado, mostram que o órgão de supervisão «foi complacente».
No âmbito da comissão que decorreu esta segunda-feira no Parlamento, Honório Novo concluiu que «a nossa supervisão é paciente, tem bom feitio, não desconfia».
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Em causa está um relatório de 2003 que refere o Excellence Assets Fund e actividades de crédito do BPN. Para Honório Novo, a supervisão «tinha de ter feito alguma coisa», dados os anos que passaram desde os citados relatórios.
O governador do Banco de Portugal em resposta reiterou que a entidade sempre agiu no sentido de correcção das «irregularidades prudenciais».
«Não estava em causa que o banco ficasse em caso de desequilíbrio grave», comentou Constâncio sobre o que foi lido por Honório Novo.
«Havia fraudes por debaixo de todas as situações», reconheceu o governador, mas na altura não se sabia. Além disso, o BDP, segundo o mesmo, tudo fez para garantir a solidez da instituição.
«Por isso mesmo, não se justificavam medidas mais radicais. Justificava-se vigiar e corrigir», concluiu.
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