A bolsa nacional encerrou a sessão em queda, em contra-ciclo com a maioria das restantes praças europeias, no dia em que o Senado norte-americano vai votar o plano revisto de Paulson, que prevê injectar 700 mil milhões de dólares na economia americana, depois da versão original ter sido rejeitada pela Câmara dos Representantes.
A falta de confiança ainda marca os mercados e a liquidez. Apesar da Europa ter registado maioritariamente ganhos, Lisboa não conseguiu fugir ao pessimismo e caiu 0,42 por cento para os 7.999,71 pontos. A ajudar a esta recuperação da Europa estão novos desenvolvimentos nos Estados Unidos, que indicam que as alterações para o plano de emergência, que tem como objectivo atenuar a crise, poderá ser aprovado ainda hoje.
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Só o DAX alemão escapou a ganhos
Lá por fora, o CAC subiu 0,56%, o FTSE avançou 1,17%, o IBEX trepou 1,77% mas o DAX alemão caiu 0,42%.
Por cá, a penalizar ficou a EDP que caiu 3,36% para os 2,84 euros, com mais de 10 milhões de acções negociadas. A eléctrica celebrou com o consórcio, formado pelas empresas Alstom e Efacec, um contrato para o fornecimento dos equipamentos para o reforço de potência do Alqueva, no valor de 94,3 milhões de euros.
Nota ainda para as acções da Galp que caíram 0,94% para os 11,53 euros, no momento em que o petróleo recua mais de 4 dólares, com o aumento das reservas de crude no outro lado do atlântico.
Quem também empurrou para baixo foi o BCP que deslizou 0,78% para os 1,13 euros e o BPI que caiu 0,69% para os 2,14 euros. A impedir a bolsa de maiores perdas ficou o BES que disparou 5,20% para os 9,10 euros.
BES contrariou sentimento negativo da banca
Cartão vermelho para a Portugal Telecom que cedeu 0,61% para os 7,06 euros e a Zon Multimédia que desvalorizou 0,77% para os 5,15 euros. A empresa de Rodrigo Costa prepara-se para avançar sozinha para o quinto canal de televisão. Já a Sonaecom subiu 2,42% para os 1,69 euros.
Nos Estados Unidos, os mercados seguem a cair. O Dow Jones recua 1,03% e o Nasdaq derrapa 2,39%. A pressionar estão os receios de que o plano de salvamento, que vai hoje ser votado pelo Senado, não evite uma entrada em recessão da economia norte-americana.
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