Há militares da Brigada de Trânsito (BT) da GNR que estão a comprar capacetes por conta própria, ou seja, pagando do próprio bolso porque não há capacetes para todos. Em alguns destacamentos «há capacetes que são usados por cinco elementos», atira José Alho, dirigente sindical.
O Comando da BT confirma esta carência e até já enviou uma lista de compras, no final do ano passado, ao Comando Geral da GNR onde está incluída a necessidade de aquisição de 500 capacetes. Mas até agora, nada.
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«É verdade que há insuficiência de capacetes. Estamos há mais de três anos à espera», confirma o major Lourenço da Silva ao PortugalDiário. O mesmo responsável da BT explica que os capacetes usados pelos militares nas patrulhas em motociclos são equipados com um sistema de comunicação especial, com microfone e auricular. Estas características tornam mais difícil a aquisição daquele equipamento.
A BT garante, ainda assim, que há dois capacetes por moto. Uma conta diferente é feita pela Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda. José Alho avança com um capacete para cinco militares da BT e «um capacete para três ou quatro elementos» no Regimento de Infantaria.
«Quando um militar é transferido de destacamento o capacete não vai com ele porque dada a escassez de equipamento, isso não é possível», justifica Lourenço da Silva. A Brigada de Trânsito também confirma que há militares da unidade que estão a adquirir aquele equipamento de protecção pagando do próprio bolso.
Além de capacetes, no «plano estratégico de aquisição a 10 anos» o Comando da BT pediu ao Comando Geral da GNR a compra de viaturas (auto e motas), equipamento de detecção de álcool e de velocidade, coletes reflectores e «400 ou 500 fatos de protecção de motociclista». Estes fatos serão inéditos na Brigada de Trânsito, incluem calças, botas e luvas e vão permitir proteger os militares da chuva e das quedas. A «alta visibilidade e a identificação institucional» são outras características destas fardas.
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