O Indicador de Clima económico nacional recuperou em Abril, o que sucede pela terceira vez consecutiva, retomando a tendência ascendente que se iniciara em Outubro de 2005, e que se acentuou a partir de Junho de 2006.
Para esta evolução contribuiu o maior optimismo dos empresários de todos os sectores, apesar de os consumidores portugueses não verem razões para se animarem.
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É que os portugueses estão agora mais pessimistas em relação ao desemprego e também às suas perspectivas de poupança. As perspectivas de poupança deterioraram-se nos dois últimos meses, contrariando a tendência de recuperação que se iniciara em Outubro de 2005.
As perspectivas sobre a evolução do desemprego também se agravaram nos dois últimos meses, se bem que menos intensamente em Abril, interrompendo a tendência favorável iniciada há cerca de um ano e que culminara em Fevereiro passado no máximo desde meados de 2002.
Por outro lado, as expectativas sobre a situação financeira do lar estabilizaram no mês de referência, interrompendo a tendência descendente iniciada em Novembro. Já as perspectivas sobre a situação económica do país recuperaram em Abril, depois de se terem deteriorado continuamente nos cinco meses anteriores.
De resto, os portugueses também não vêm perspectivas de melhorias na situação financeira do seu agregado familiar, nem na situação económica do país. Além de acharem que está cada vez mais difícil poupar, também não pretendem comprar bens duradouros, como carros e electrodomésticos, nos tempos que correm, embora tenham intenção de o fazer ao longo do próximo ano.
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A informação adicional, recolhida trimestralmente, relacionada com as grandes despesas do agregado familiar, apresenta-se desfavorável. As perspectivas de compra ou construção de habitação e de realização de grandes gastos com melhoramentos na habitação voltaram a piorar ao final de um ano de recuperação. Por sua vez, as perspectivas de aquisição de automóvel continuaram a deteriorar-se no período de referência, apresentando um novo mínimo histórico.
No que se refere aos sectores de actividade empresarial, a indústria transformadora apresentou em Abril a quarta melhoria consecutiva da confiança. Na construção e obras públicas prolongou-se a tendência de recuperação iniciada em Janeiro, apresentando o valor menos desfavorável desde Setembro de 2005.
Já no comércio, deu-se uma recuperação pelo terceiro mês consecutivo, aproximando-se do máximo dos dois anos anteriores, atingido em Outubro. Nos serviços, o indicador melhorou nos últimos dois meses, com maior intensidade em Abril, retomando a tendência ascendente iniciada em Agosto de 2005.
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