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Cinemateca exibe filmes de Manoel de Oliveira

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Manoel de Oliveira só descansa verdadeiramente quando está a realizar um filme

A Cinemateca Portuguesa irá exibir, em Lisboa, a partir de 17 Outubro e até ao final do ano, toda a obra cinematográfica do realizador Manoel de Oliveira, num ciclo integrado nas celebrações dos cem anos do cineasta, informa a agência Lusa.

O ciclo irá chamar-se «2008 - Os cem anos de Manoel de Oliveira» e incluirá todos os filmes realizados pelo mais velho realizador de cinema ainda em actividade, disse fonte da Cinemateca.

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Da retrospectiva integral farão parte cerca de meia centena de filmes entre ficção e não-ficção, rodados ao longo de 77 anos, desde «Douro, Faina Fluvial», uma curta-metragem documental de 1931 sobre a vida nas margens do rio Douro, até «Cristóvão Colombo - o Enigma», estreado em Janeiro deste ano.

«Aniki-Bobó» (1942), primeiro filme de ficção, considerado hoje uma das suas obras-primas, a curta-metragem «O Pintor e a Cidade» (1956), o seu primeiro filme a cores, e «O acto da Primavera» (1962), filme pelo qual Manoel de Oliveira foi detido pela PIDE, não deverão faltar nesta retrospectiva.

Manuel de Oliveira na estreia de «Cristóvão Colombo»

São sete décadas de filmografia que acompanham a história do cinema, desde os tempos dos filmes mudo, e de Portugal, do Estado Novo à democracia. Os cem anos de Manoel de Oliveira, que se assinalam a 11 de Dezembro, têm sido celebrados em Portugal e no estrangeiro com várias iniciativas.

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Oliveira, que se prepara para rodar um novo filme («Singularidades de uma rapariga loura»), recebeu este ano a Palma de Ouro de Honra no Festival de Cinema de Cannes, em França, a medalha de ouro de Belas Artes do governo espanhol, um doutoramento honoris causa da Universidade do Algarve e foi eleito membro honorário da Academia de Ciências de Lisboa.

No festival de Veneza Manoel de Oliveira mostrou a curta-metragem «Do visível ao invisível», de 2005, e estreou esta semana nas salas francesas o filme «Cristóvão Colombo - O enigma».

Manoel de Oliveira só descansa quando está a fazer um filme

O Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, tem patente uma exposição dedicada ao realizador e acolhe em Outubro um seminário intitulado «Manoel de Oliveira: O moderno paradoxal».

Também no início de Outubro, Manoel de Oliveira deverá rumar à Cidade do México para ser homenageado no I Congresso da Cultura Iberoamericana. Com uma energia invejável para quem está à beira dos cem anos, Manoel de Oliveira disse numa entrevista recente que só descansa verdadeiramente quando está a realizar um filme.

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