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Manoel de Oliveira filma no dia em que faz 100 anos

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«Singularidades de uma rapariga loira» é o filme que se encontra a rodar. O mais antigo realizador do mundo estará a filmá-lo na próxima quinta-feira, dia em que se tornará centenário

A dias de completar cem anos, Manoel de Oliveira explicou este sábado que vai filmar no aniversário por necessidade, tem um novo filme em vista e qualificou como «mal-entendido» o projecto para a casa em seu nome, escreve a Lusa.

Nascido a 11 de Dezembro de 1908, o mais antigo realizador do mundo ainda em actividade prepara-se para soprar cem velas já na próxima quinta-feira a rodar as cenas finais do seu último filme «Singularidades de uma rapariga loira».

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No entanto, fá-lo por necessidade e não por opção.

«Não foi uma data escolhida para filmar nesse dia, há uma necessidade imperiosa de filmar nesse dia para dar continuidade às filmagens e porque este filme tem um certo destino para ser apresentado no festival de Berlim que é de 05 a 10 de Fevereiro, de maneira que temos muito pouco tempo para fazermos a montagem», explicou Manoel de Oliveira durante uma conferência de imprensa para apresentar o seu filme.

TV japonesa faz documentário sobre Manoel de Oliveira

Perante jornalistas de várias nacionalidades, entre espanhóis, ingleses, brasileiros e japoneses, o cineasta revelou que já tem pensado o seu próximo filme.

«Tenho um próximo que gostaria de fazer também como uma atitude de gratidão com o festival de Cannes, gostava de apresentar um filme que se intitulará O estranho caso de Angélica, que é um filme do principio dos anos 50, depois da guerra, e que eu actualizei para hoje e que se fundamenta na fuga dos judeus de Hitler e que agora se baseia na fuga contra a perseguição dos judeus contra os muçulmanos», adiantou o realizador.

Questionado sobre possíveis desenvolvimentos em relação à casa com o seu nome, no Porto, onde seria colocado o seu acervo, Manoel de Oliveira disse nada saber, mas entende que esta é «uma situação extremamente grave» e que o processo com a Câmara Municipal do Porto «não tem sido verdadeiramente correcto».

«Houve sempre um mal entendido e já passaram três presidentes de Câmara e o assunto ficou por resolver e agora como estou com o meu nome mais exaltado graças aos jornalistas também querem entrar no bolo e como estamos próximos de eleições, tudo isto é uma confusão enorme, mas no fundo não sei nada», rematou.

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