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União Europeia chega a acordo sobre combate às alterações climáticas

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Emissões de dióxido de carbono reduzidas em 20% até 2020

A União Europeia (UE) chegou a acordo sobre a forma de combater as alterações climáticas no que respeita às medidas para cortar a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera. Os 27 países da UE assumiram a redução de emissões em 20% até ao ano de 2020 em relação ao ano referência de 1990.

Este plano para suceder ao protocolo de Quioto é já considerado pelos responsáveis europeus o maior acordo climático conseguido a nível global, mas várias associações não governamentais já manifestaram reservas quanto aos custos de tal acordo apontando que estes vão tornar o pacto mais fraco a longo prazo.

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A Quercus considera mesmo «um falhanço» a proposta acordada hoje, em comunicado já emitido. A associação portuguesa de conservação da natureza destaca que «um compromisso fraco e ambíguo» admite que «um nível enorme e por isso inaceitável de reduções - cerca de dois terços - pode ser conseguido através de créditos comprados fora das fronteiras da UE».

Polónia sai vitoriosa do Conselho Europeu

Um acordo que esteve refém dos protestos dos países do Leste europeu por causa dos custos para as suas economias começou a ser desbloqueado esta quinta-feira através das cedências aos interesses polacos, os mais contestatários às multas para empresas poluentes, e exemplo do que se passa nos outros países do antigo bloco soviético

O primeiro-ministro da Polónia (com 90 por cento da energia obtida pela muito poluente combustão do carvão) conseguiu na quinta-feira que as centrais energéticas apenas paguem 30 por cento das licenças das emissões no ano de 2013 subindo até aos 100 por cento na relação licenças/emissões em 2020.

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Os países do Leste europeu receberão também 12 por cento das receitas do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) como compensação pela redução de emissões quando as suas indústrias ruíram após a queda do Muro de Berlim. Mas este acordo não impõe multas para os incumpridores e a Quercus adverte que esta «falha grande» poderá «levar os governos a pensarem que poderão sair impunes em caso de inacção».

Posições opostas

Nicolas Sarkozy, presidente em exercício da UE no último Conselho Europeu antes da passagem de testemunho para a Rep. Checa, considerou este acordo como «histórico». «Não encontram outro continente no Mundo que tenha dado a si próprio regras tão estreitas como as que acabámos de adoptar», disse o chefe de estado francês em declarações reproduzidas pela agência Reuters.

A Quercus, pelo contrário, considera no âmbito da Rede de Acção Climática Europeia que «este é um dia negro para a política climática europeia» e faz um apelo ao Parlamento Europeu para «rejeitar o acordo alcançado hoje para esta lei».

Em Poznan, na Polónia, onde decorre a conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas (e onde se esperavam as resoluções da UE como força motriz), o comissário europeu do Ambiente afirmou que «em vez de ter 50 mil milhões de euros para boas causas haverá 40». Nas declarações recolhidas pela Reuters, Stavros Dimas garantiu, porém, que «isto não significa que o dinheiro não chega». «Chega se for utilizado de boa maneira», explicou o comissário grego.

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