Cumpre-se este fim-de-semana a primeira semana da Conferência das Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas (de 1 a 12 deste mês) e as conversações diárias pouco têm evoluído no que respeita a posições concretas, como ficou patente após o encontro entre Nicolas Sarkozy e nove países da Europa de Leste.
«As coisas estão a ir por um bom caminho. Estou convencido de que vamos chegar a uma conclusão positiva», disse Sarkozy citado pela agência Reuters, mas pouco mais tinha para dizer o presidente da França. O presidente em exercício da União Europeia (UE) apenas pôde prever melhores resultados para a cimeira de estados europeus dos dias 11 e 12, que decorrerá em simultâneo com os dois últimos dias da conferência mundial, na Polónia.
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A preparar o caminho para Copenhaga 2009, a conferência mundial de Poznan tem muita da sua atenção centrada no papel dos países da UE, que discutem o seu pacote clima-energia, conhecido como 20-20-20: reduzir as emissões de carbono em 20% e utilizar energias renováveis também em 20% até 2020. Os nove países europeus de Leste recém-entrados na União têm muitas objecções em cumprirem estas metas e a anfitriã Polónia ainda não retirou a ameaça do veto.
«Ainda temos muito trabalho pela frente. No final, talvez no último minuto, possamos decidir que esta é uma solução que possamos aceitar», referiu Donald Tusk, o primeiro-ministro polaco, citado pela Reuters em Gdansk depois do encontro com Sarkozy. Mas outros países da União como a Alemanha e a Itália continuam a manifestar reservas em relação às medidas propostas pela Comissão Europeia.
Depois de um feriado muçulmano cumprido em Poznan esta segunda-feira deixando os trabalhos ainda mais a meio-gás, terça marcará um encontro entre ministros das finanças para relançar uma conferência que (ainda) se prepara para entrar nos seus dias decisivos.
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