A recessão da economia nacional está a agravar-se. De acordo com os Indicadores de Conjuntura divulgados pelo Banco de Portugal, esta sexta-feira, o indicador da actividade económica, em Maio, fixou-se em -0,9%.
Assim, no mês em questão, «o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da actividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, desceu face ao observado no mês anterior», lê-se no documento da instituição. Em Abril, o indicador era de -0,8% e em Março foi de -0,6%.
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A contribuir para o agravamento da recessão está a queda do consumo privado, uma vez que, segundo o comunicado, «o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado caiu relativamente ao mês anterior». Este indicador recuou 2,5% em Maio face ao mesmo mês do ano passado.
Dados do INE já confirmavam contracção
No que respeita ao consumo privado, no trimestre terminado em Abril deste ano, o índice de volume de negócios no comércio a retalho, divulgado pelo INE, desceu em termos reais 5,4% face ao período homólogo. Já no trimestre terminado em Maio, as vendas de veículos ligeiros de passageiros desceram quase 19% em termos homólogos.
Quanto ao investimento, no trimestre que terminou no mês passado, as vendas de veículos comerciais ligeiros desceram 22,9%, em termos homólogos, mas as vendas de comerciais pesados subiram 17,6%.
O Banco de Portugal lembra ainda que a concessão de crédito às empresas e às famílias estagnou em comparação com Maio de 2010.
No comércio internacional de mercadorias, no passado mês de Abril, as exportações e importações aumentaram 15,1% e 9,6%, respectivamente, em termos homólogos. No entanto, o crescimento das exportações não é suficiente para melhorar os números da economia portuguesa.
Por fim, há o reflexo de uma conjuntura difícil. No trimestre que terminou no passado mês de Maio, a confiança dos consumidores - sector da indústria transformadora, comércio a retalho, serviços e construção - registou um decréscimo face ao trimestre que terminou em Abril.
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