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Recessão em Portugal acentua-se em Outubro

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Previsão da OCDE agrava condições económicas nacionais. Também nas maiores economias do mundo, a tendência será de «abrandamento»

O cenário vai ser mais negro depois do Verão. A economia portuguesa vai piorar ainda mais partir de Outubro. A conclusão é da OCDE que esta terça-feira revela os seus indicadores compósitos.

Em queda há quatro meses consecutivos, o indicador para Portugal acentua, em Abril, esta tendência: em Janeiro recuou 0,04%, em Fevereiro caiu 0,28%, em Março voltou a cair 0,49% e em Abril afundou 0,53%. Um comportamento que a OCDE prevê que se registará daqui a seis meses, ou seja, em Outubro.

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Mesmo assim, a organização mantém o indicador nacional em terreno positivo (acima dos 100 pontos, nos 100,32 pontos) o que indica que a economia portuguesa vai abrandar, mas sem entrar em recessão.

No entanto, as previsões deste indicador da OCDE para Portugal já se encontram desfasadas da realidade, pois não consideram as quedas sucessivas em cadeia do Produto Interno Bruto - o que significa recessão técnica - de 0,6% verificadas no final de 2010 e início de 2011.

Assim, já em recessão, Portugal vai ver agravadas as suas condições económicas até ao final do ano.

Crise da dívida limitada a Grécia, Irlanda e Portugal

Também para a Zona Euro, o cenário não é positivo: a OCDE antevê uma queda de 0,26% do indicador referente ao Outono. Uma tendência que se verificará nas maiores economias do mundo, onde os crescimentos económicos vão sofrer abrandamentos. É o caso da China, Brasil, Índia, Reino Unido e Rússia.

Excepção feita para os EUA, onde a OCDE antecipa a «continuação da tendência de crescimento» e para o Japão onde, «devido às circunstâncias excepcionais», a OCDE não realizou nenhuma previsão.

Mesmo assim, a crise da dívida soberana deverá ficar reservada à Grécia, Irlanda e Portugal, deixando de fora os riscos de contágio a outros países, disse esta segunda-feira o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, citado pela Reuters.

Por isso, Angel Gurria não espera que nenhum outro país peça ajuda financeira à União Europeia e FMI.

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