Contudo, para todos os agentes económicos portugueses, empresas, famílias e Estado, estes valores não irão traduzir-se em 2007 num abrandamento significativo das restrições impostas pela consolidação seguida pelo Governo: os impostos mais importantes, como o IVA e o IRC, não vão descer, os cortes no investimento público mantêm-se, assim como as tentativas de controlo da despesa.
«Não podemos dar uma ideia aos portugueses de que a tarefa para este ano é pouco exigente», afirmou ontem José Sócrates, no debate mensal no Parlamento. «Temos que oferecer uma consolidação das contas públicas com robustez», concretizou, tentando afastar a ideia de que os resultados de 2006 poderiam oferecer uma «folga» ao Governo.
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Recorde-se que o primeiro-ministro fixou uma nova meta para o défice orçamental este ano, de 3,3%, quatro pontos percentuais abaixo dos 3,7% previstos inicialmente no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), que irá assim sofrer uma nova actualização.
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