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Pedidos de ajuda por incumprimento de créditos vão aumentar

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Até Abril, Deco recebeu 545 pedidos de ajuda de famílias em dificuldades

A Associação para a Defesa do Consumidor recebe cada vez mais pedidos de ajuda de pessoas que não conseguem pagar empréstimos, tendência que espera continue a aumentar, disse esta sexta-feira fonte da associação à agência «Lusa».

Até Abril, a Deco recebeu 545 pedidos de ajuda de famílias com dificuldades no pagamento de créditos, mais 35 por cento do que em igual período de 2007.

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No total do ano passado a Deco lidou com 1.976 pedidos de ajuda, contra os 906 de 2006.

«O número de famílias a pedir ajuda irá aumentar ainda mais nos próximos meses», disse Natália Nunes, do Gabinete de Apoio ao Endividamento da Deco, dada a conjuntura económica e numa altura em que as taxas de juro continuam a subir.

Famílias «excessivamente endividadas»

«As famílias não têm poupanças e estão excessivamente endividadas», afirmou Natália Nunes, explicando que a principal causa das dificuldades é o desemprego de um ou mais membros da família, que causa a redução do rendimento.

O perfil destas pessoas em dificuldades são famílias de três elementos, com idades entre os 35 e 45 anos e com um filho menor, segundo a responsável.

«O seu rendimento mensal ultrapassa os mil euros e a escolaridade é de pelo menos o ensino secundário», explicou Natália Nunes, dizendo que estas famílias têm em média têm quatro créditos-um à habitação, um crédito automóvel e dois pessoais.

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Quando chegam à Deco, 90% das situações, já estão em incumprimento, sem pagamento do crédito há pelo menos três meses.

Créditos pessoais lideram incumprimento

A maior parte dos incumprimentos verifica-se nos créditos pessoais, segundo Natália Nunes, mas há cada vez mais situações de incumprimento no segmento da habitação.

Apesar de não ter números concretos, Natália Nunes considera que são as sociedades financeiras que terão em carteira mais créditos em incumprimento do que os bancos, já que fazem mais créditos pessoais.

«São as prestações aos créditos pessoas que deixam de ser pagas primeiro», explicou.

«Cada vez existem mais situações de valores elevados, superiores a 50 mil euros, de crédito pessoal», um aumento de valores que reflecte alterações recentes no panorama do mercado de crédito, disse a especialista.

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