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Lisboa concentra 38% dos empréstimos em incumprimento

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Transacções devem continuar ao ritmo de 100 a 250 milhões por trimestre

A cidade de Lisboa tem o maior peso na taxa de empréstimos em incumprimento, representando cerca de 38 por cento do total, enquanto no norte do País este valor atinge os 34%. Esta é uma das conclusões do estudo «European Non-Performing Loan Report 2008» da consultora Ernst & Young, que se refere aos seis primeiros meses de 2007.

A referida análise revela ainda que os empréstimos em incumprimento representaram 1,29% do total de créditos, um valor estimado em cerca de 3 mil milhões de euros. Esta soma é, de acordo com a Ernst&Young, uma das mais baixas da Europa, o que reflecte «as constantes melhorias dos sistemas de gestão de risco implementados pela banca».

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O ambiente financeiro, que o estudo caracteriza por uma forte actividade na área dos empréstimos nos últimos cinco anos, pelo crédito total a crescer 8% entre 2002 e 2006 e pelos empréstimos individuais a representarem 53% da carteira de empréstimos, tem feito das transacções dos empréstimos em incumprimento uma escolha fundamentada, sublinha ainda a consultora.

Não cumprimento de créditos pode crescer

«Não existe um verdadeiro mercado de arrendamento de habitação em Portugal, obrigando os cidadãos a comprar as suas casas, geralmente com empréstimos que representam 80% a 90% do valor total de propriedade. Se a economia continuar atrás da média da zona euro, o desemprego a aumentar e as taxas de juro a subir, Portugal poderá aumentar significativamente a sua exposição a empréstimos em incumprimento por créditos hipotecários», diz o responsável da Ernst&Young em Portugal, José Gonzaga Rosa.

Assim, em 2008, as transacções de empréstimos em incumprimento deverão continuar ao ritmo de 100 a 250 milhões de euros por trimestre.

Após 2008, o volume das transacções está dependente sobretudo de factores macroeconómicos como o crescimento do mercado imobiliário, embora «se perspective uma evolução positiva com o crescimento da economia e com a melhoria do mercado imobiliário», conclui a consultora.

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