O rendimento disponível real das famílias portuguesas vai «encolher» 2,4% em 2011, de acordo com a previsão do Banco de Portugal, publicada esta terça-feira no Boletim Económico de Inverno.
Já em 2012, estima o banco central, o rendimento deverá voltar a crescer 1,4%.
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«As medidas de consolidação orçamental e o seu impacto imediato sobre o quadro macroeconómico devem afectar a evolução do rendimento disponível real das famílias», afirma.
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As razões são várias. «A contracção do rendimento disponível real em 2011 está associada à redução da massa salarial, em particular no sector público, decorrente quer do ajustamento nominal dos salários quer da redução do emprego.
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Para o sector privado, espera-se igualmente uma contracção da massa salarial que é determinada pela evolução moderada dos salários, num contexto de queda de emprego», pode ler-se no Boletim.
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Quanto ao desemprego, as notícias também não são animadoras: Portugal vai perder 60 mil empregos em dois anos, ou seja, até 2012.
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