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Banco de Portugal deve rever em baixa crescimento do País

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Estimativas apontam para uma revisão dos 2% para 1,7%

O Boletim Económico de Primavera, que o Banco de Portugal (Bdp) vai apresentar esta terça-feira, não deve trazer consigo boas notícias.

O cenário previsto aponta inclusivamente para que a autoridade monetária portuguesa reveja em baixa as previsões de crescimento para 2008, de uma estimativa inicial de 2 por cento para cerca de 1,7%.

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É de salientar que o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, admitiu na terça-feira passada que a instituição iria cortar a previsão para 2008 e 2009, antecipando, contudo, que o País continuasse a crescer mais do que a Zona Euro.

Recorde-se que o boletim económico de Inverno, apresentado no início de Janeiro, previa um crescimento de 2,0% para a economia portuguesa em 2008 e de 2,3% para 2009.

«Os problemas estruturais permanecem. As reformas que foram encetadas ainda não deram resultados suficientes para aumentar a nossa competitividade», disse na altura Vítor Constâncio, alertando que estas reformas têm de continuar.

O Governo mantém até agora a estimativa de um crescimento de 2,2% em 2008 e 2,8% em 2009.

FMI e OCDE também recuam

Já sobre as estimativas do Fundo Monetário Internacional, que cortou cinco décimas à previsão que tinha para o crescimento da economia nacional deste ano, dos 1,8% para 1,3%, o Governador reconheceu que o cenário é «pessimista».

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Com estes valores, Portugal é então apontado como um dos que menos cresce na Zona Euro e continua a divergir, pelo sétimo ano consecutivo, dos parceiros da moeda única.

«É evidente que a situação evoluiu muito rapidamente, há uma grande incerteza neste momento na economia mundial. Por isso, as coisas podem evoluir no sentido mais positivo ou mais negativo», acrescentou na passada sexta-feira, Constâncio, num discurso cauteloso.

Por outro lado, o indicador avançado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para a economia portuguesa voltou a cair em Fevereiro, antecipando assim uma quebra.

A taxa a seis meses do indicador desceu 2,3% para o valor mais baixo desde 2003, o que deixa antever um abrandamento na economia nacional, especialmente por se tornar de uma queda substancialmente superior à registada em Janeiro, quando o indicador recuara já 0,9%.

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