A questão em torno da dívida soberana de Itália será um «assunto chave» na reunião desta segunda-feira do Eurogrupo que vai decorrer em Bruxelas.
«Itália será parte da discussão de hoje. Estamos muito expectantes em ouvir Giulio Tremonti [ministro das Finanças italiano] sobre quando e como as autoridades italianas pretendem implementar a lista exaustiva de compromissos que o primeiro-ministro referiu na carta enviada aos presidentes Durão Barroso e Van Rompuy», disse o porta-voz do comissário dos Assuntos Económicos e Monetários, Amadeu Altafaj Tardio, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, citado pela Lusa.
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Os juros a 10 anos da dívida pública italiana ultrapassaram esta manhã os 6,5 por cento, batendo um recorde desde a criação do euro, na sequência dos avisos do Banco Central Europeu sobre a necessidade de o Governo realizar reformas.
Há, ainda, rumores nos mercados de que Sílvio Berlusconi estará de saída.
O Executivo de Roma pediu, na sexta-feira, ao Fundo Monetário Internacional para monitorizar as contas do país, ainda que tenha rejeitado o apoio financeiro providenciado pela instituição.
Após uma semana forte em emoções, provocadas pelo anúncio do Governo grego, há precisamente oito dias, da realização de um referendo ao plano de ajuda europeu decidido na cimeira da Zona Euro de 26 de Outubro, os ministros das Finanças dos 17 países membros do euro (Eurogrupo) reúnem-se agora num ambiente já um pouco mais desanuviado, face ao recuo na intenção de organizar a consulta popular.
No entanto, a Alemanha já avisou: «Sem reformas reais, Grécia terá de sair do euro»
Portugal estará representado pelo ministro Vítor Gaspar na reunião do Eurogrupo desta tarde, que tem início às 17H00 locais (16H00 em Lisboa) e que será seguida, na terça-feira de manhã, por uma reunião alargada aos 27 titulares das pastas das Finanças da União Europeia (Ecofin).
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