O presidente italiano já começou as reuniões para aferir do apoio a Mario Monti para formar um novo Governo enquanto novo primeiro-ministro, noticia a Associated Press.
Considerado «um dos últimos Moicanos da política europeia», Silvio Berlusconi demitiu-se no sábado da chefia do Governo da Itália na sequência da crise das dívidas soberanas que afecta a Zona Euro.
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À semelhança do socialista grego George Papandreou, também o conservador Silvio Berlusconi não resistiu à pressão da crise e escalada de juros da dívida italiana nos mercados e acabou afastado do poder.
Num comentário aos acontecimentos na Grécia e Itália, o jornal «Financial Times» (FT) escreveu que «os dirigentes da Zona Euro decidiram suspender a política normal em dois países porque a consideram uma ameaça mortal à união monetária da Europa».
«Decidiram que a unidade da Europa, um projecto em curso há mais de 50 anos, é de tal forma importante que políticos com um mandato do povo têm de dar lugar a especialistas não eleitos que possam manter o «espectáculo», acrescentou o FT.
Ao classificá-lo no sábado como «um dos últimos Moicanos da política europeia», o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, realçou que Berlusconi deu a Itália a necessária estabilidade política após as décadas do pós-guerra com frequentes mudanças governativas.
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