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FMI: casos na banca portuguesa exigem «medidas corretivas»

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Em comunicado sobre o BES, o FMI salienta ainda que existem «bolsas de vulnerabilidade» na banca portuguesa

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou esta quinta-feira para a permanência de vulnerabilidade no sistema financeiro português, considerando que são necessárias medidas corretivas e mesmo supervisão intrusiva em alguns casos, numa resposta à comunicação social sobre a situação no BES.

O FMI considera que o sistema financeiro português «tem sido capaz de suportar a crise sem uma disrupção significativa, suportado por um apoio de capital público significativo e medidas extraordinárias do Banco Central Europeu».

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«No entanto, tal como reconhece o Banco de Portugal, continuam a existir bolsas de vulnerabilidade [no sistema financeiro português], que tornam necessárias medidas corretivas nuns casos e supervisão intrusiva noutros», alerta o fundo numa nota enviada à comunicação social, em resposta a um pedido de comentário sobre a situação no Banco Espírito Santo (BES).

No final da nota, a instituição de Washington diz que não comenta instituições financeiras individuais.

A situação do Grupo Espírito Santo (GES) e os receios em torno da sua solidez penalizaram hoje fortemente a bolsa portuguesa, que fechou a cair mais de 4%, e afetaram também as praças europeias, sobretudo dos países periféricos, que também fecharam em terreno negativo.

Os títulos do BES foram suspensos ao final da manhã desta quinta-feira pelo regulador do mercado, a CMVM, depois de o Espírito Santo Financial Group (ESFG) ter pedido ao início da manhã a suspensão da negociação de ações e obrigações em Lisboa e no Luxemburgo.

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Os títulos do ESFG negociaram esta quinta-feira pela última vez às 09:02, altura em que seguiam a perder 8,9% para 1,19 euros, enquanto os do BES perdiam mais de 17%, a valer 0,51 euros, aquando a suspensão.

Os mercados esperam agora que sejam prestados esclarecimentos públicos para que regresse alguma tranquilidade.

Os receios adensaram-se depois de, nos últimos dias, se ter conhecido que o Banque Privée Espírito Santo, na Suíça, estava em incumprimento no reembolso a alguns clientes que tinham aplicações em dívida da Espírito Santo International (ESI).

Nesta empresa de topo do GES, que controla o ESFG (que, por sua vez, controla a área financeira, em que se inclui o banco BES e a seguradora Tranquilidade), uma auditoria detetou que não foram registados 1,2 mil milhões de euros de dívidas nas contas de 2012. Além disso, a ¿holding¿ tem capitais próprios negativos de 2,5 mil milhões de euros, ou seja, está em falência técnica.

O Diário Económico noticiou hoje que a ESI está a avaliar um pedido de insolvência, um cenário que - de acordo com o jornal - poderá avançar se a empresa não conseguir chegar a um acordo com os principais credores.

A medida permitiria avançar com um plano de reestruturação que será aprovado pelos acionistas da ESI na assembleia-geral de 29 de julho, segundo a mesma fonte.

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