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O ex-administrador financeiro da Portugal Telecom garantiu, esta quinta-feira, que Henrique Granadeiro decidiu e validou as aplicações na Rioforte. Na audição de ontem, o ex-presidente da PT assegurou que só se responsabilizava por uma aplicação de 200 milhões de euros, mas Luís Pacheco de Melo nega essa versão.
«Henrique Granadeiro deu orientações para, à medida que fossem vencendo as aplicações na ESI, se fizesse esta mudança para a Rioforte».
Segundo Luís Pacheco e Melo, o ex-presidente da PT combinou uma reunião entre o próprio Pacheco de Melo e o administrador financeiro do BES, Amílcar Morais Pires, a 26 de março de 2014.
«Acabou por ser ele a marcar a reunião à minha frente. A decisão de investimento na Rioforte foi de Henrique Granadeiro. Foi ele que me pediu para ir ao BES para tratar da execução dessa operação».
Luís Pacheco de Melo confirmou ainda que a negociação começou após Henrique Granadeiro ter tido «uma conversa com Ricardo Salgado sobre a Rioforte» e que o próprio Salgado lhe expôs essa «alternativa» numa reunião de 28 de janeiro de 2014.
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que o próprio nega«Salgado apresentou-me os benefícios de migrar para a Rioforte e elencou as várias vantagens em alterar essa aplicação».
«Zeinal Bava sempre teve conhecimento do tipo de aplicações que fazíamos junto do Grupo Espírito Santo. No entanto, Bava saiu em junho de 2013 e, a partir dessa data, não comuniquei com ele especificamente sobre a mudança de ESI para Rioforte, em fevereiro de 2014. Não sei se alguém lhe terá comunicado essa informação. O meu presidente era Granadeiro, tratei do assunto com ele».
Questionado diretamente sobre as declarações de Granadeiro desta quarta-feira, também na comissão de inquérito, segundo as quais só se responsabilizava por uma aplicação de 200 milhões de euros na Rioforte e não pelos restantes 697, Luís Pacheco de Melo contradiz esse número.
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«A primeira vez que ouvi falar nesses 200 milhões foi no dia em que Henrique Granadeiro se demitiu, em agosto».
«Era a PT SGPS que decidia onde se aplicavam os montantes».
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