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Querem pagar férias e Natal em certificados de aforro

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Proposta é da Confederação da Indústria Portuguesa. E o leitor? Estaria disposto a receber os seus subsídios desta forma?

Foi uma das medidas que saiu da reunião do conselho consultivo da Confederação Industrial Portuguesa (CIP): pagar os subsídios de férias e Natal em certificados de aforro. Uma proposta exclusiva para os funcionários da Administração Pública.

Veja aqui a reportagem em vídeo

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«Já estivemos mais longe de cortar salários»

«É melhor canalizar os 13º e 14º meses para a poupança, como por exemplo em certificados de aforro, do que fazer como outros países que foram obrigados a cortar estas regalias», disse o presidente da confederação, António Saraiva, dando a entender que receia que Portugal corte também estes subsídios como fez, recentemente, a Grécia.

E o leitor? Estaria disposto a receber os seus subsídios desta forma? Deixe o seu comentário

O motivo é claro: «É imperioso que os portugueses mudem de vida», disse António Saraiva, esclarecendo que, quando fala dos «portugueses» inclui todos, começando pelo próprio Governo.

«Esta crise não é, como alguns disseram, um ataque ao euro. Se Portugal tivesse tomado mais medidas no passado, não vivíamos sob esta pressão dos mercados e das agências de rating», defendeu Saraiva aos jornalistas, no final da reunião da CIP.

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RTP e CGD devem ser privatizadas

Por isso, os representantes dos patrões querem que as «empresas públicas socialmente inúteis» sejam privatizadas ou mesmo extintas. Sem quer dar mais exemplos, António Saraiva falou de dois casos onde faz sentido a privatização: «A RTP e os seguros da CGD».

E Mira Amaral, que também pertence à confederação, explicou: «A RTP2 faz serviço público, mas a RTP1 é um canal generalista e funciona nos mesmos moldes que um canal privado».

A CIP esteve reunida esta manhã para escrever um documento com propostas para apresentar ao Governo no sentido de superar a «grave crise que o país enfrenta».

Sob o lema «Mudar de Vida», os patrões propõem, ainda, a extinção de alguns municípios, ministérios e secretarias de Estado e mesmo uma redução do número de deputados.

«Os países mais desenvolvidos têm ministérios mais pequenos», justificou Mira Amaral.

No rol das propostas estão também a aplicação de novas leis laborais, o aumento da tributação ao consumo, a redução das importações e a suspenção, nesta legislatura, dos grandes projectos de investimento público.

Tudo, para chegar com uma despesa primária corrente de 30% do Produto Interno Bruto daqui a 8 anos, contra os 42% do PIB actuais.

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