A Comissão Europeia apresentou esta quinta-feira um «livro branco» com propostas para garantir «pensões adequadas, seguras e sustentáveis» aos cidadãos europeus, num momento em que estas exercem «maior pressão sobre os orçamentos nacionais» devido à crise.
«Se a União Europeia (UE) não conseguir garantir pensões de reforma dignas, no momento presente e no futuro, milhões de pessoas viverão em situação de pobreza na velhice».
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As pensões de reforma, realça o executivo comunitário, «são a principal fonte de rendimento para cerca de um quarto da população actual da UE», pelo que é necessária uma concertação entre as instituições europeias e os Estados-membros para assegurar adequados regimes de pensões.
«É possível garantir pensões adequadas no futuro se levarmos por diante os nossos compromissos de introdução de reformas. Estamos a sentir já o impacto do envelhecimento - a geração do baby boom está a chegar à idade da reforma e o número de jovens que entram no mercado de trabalho é menor. Mas ainda não é demasiado tarde para dar resposta a estes desafios», declarou László Andor, Comissário da UE para o Emprego, os Assuntos Sociais e a Inclusão, citado pela Lusa.
Proporcionar melhores oportunidades aos trabalhadores mais velhos, desenvolver regimes complementares de reforma privados e assegurar que as pensões complementares são compatíveis com os requisitos de mobilidade são algumas das propostas do documento hoje divulgado pela «Comissão Barroso».
Incentivar os Estados‑membros a promover o prolongamento da vida activa, «devendo para esse efeito associar a idade da reforma à esperança de vida», bem como restringir o acesso à reforma antecipada e reduzir as disparidades entre homens e mulheres em matéria de pensões são outras das alíneas do projecto.
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