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CGTP: acordo «não tem ponta por onde se pegue»

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É um «regresso ao feudalismo». Nessa época, «trabalhadores eram obrigados a trabalhar gratuitamente para os seus senhores ou para o Estado»

A CGTP abandonou na segunda-feira a reunião da Concertação Social que, depois de 17 horas, chegou a acordo. O sindicalista da CGTP Arménio Carlos considerou-o um regresso ao «feudalismo» e diz que «não tem ponta por onde se pegue».

Um acordo que vai fazer «aumentar a exploração, a desigualdade e a pobreza». Um acordo que promove «uma declaração de guerra como nunca vista contra os trabalhadores depois do 25 de Abril de 1974».

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Mais: «Este acordo é um bom acordo para o grande patronato e um péssimo acordo para os trabalhadores porque é um documento que põe o Estado ao serviço das empresas, que visa fragilizar a Segurança Social, que aponta para uma redução do rendimento do trabalho e dos trabalhadores», disse à agência Lusa o membro da comissão executiva da CGTP.

Segundo o sindicalista, o documento não «tem ponta por onde se pegue» a não ser para o patronato. Visa sobretudo um «regresso ao feudalismo onde os trabalhadores eram obrigados a trabalhar gratuitamente para os seus senhores ou para o Estado».

Arménio Carlos diz que se impõe um desafio a todos os trabalhadores aos «quais pedimos para lutarem e exigirem os seus direitos».

Questionado sobre o abandono da reunião pelo líder da CGTP, Carvalho da Silva, o sindicalista disse que «aquele não era um processo negocial sério».

«Estávamos confrontados com um processo que desde logo estava datado relativamente às medidas a implementar. O que queriam era que, pela via da concertação social, a CGTP credibilizasse propostas que desde logo constituem uma traição aos trabalhadores».

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Arménio Carlos referia-se concretamente ao que chamou de «facilitação dos despedimentos, da redução das indemnizações, da redução do subsídio de desemprego, da flexibilidade de horário de trabalho para reduzir salários».

No entender do sindicalista, as propostas não têm a ver com a dívida e o défice, nem com o desenvolvimento do país uma vez que estas [propostas] não vão criar mais emprego.

«Pelo contrário vão generalizar um aprofundamento da precariedade e vão pôr em causa os direitos dos trabalhadores e das novas gerações de trabalhadores». «Este é um acordo do tempo da outra senhora e que Salazar não deixaria de reconhecer como bom para manter a exploração».

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