5O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, afirmou esta quarta-feira que os CTT tiveram uma "capacidade de resposta razoável" durante o período de crise provocado pela pandemia de Covid-19.
Os CTT, durante a crise, tiveram uma capacidade de resposta razoável, obviamente anormal, e sobretudo afetada pela inexistência de transportes aéreos para os Açores e para a Madeira", afirmou o governante, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
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Em geral, para todo o país, não há registos de grandes perturbações no correio", excetuando o internacional, que tem sido afetado pela falta de ligações aéreas, prosseguiu.
Por sua vez, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, tinha afirmado que os CTT "enfrentam dificuldades" como todas as empresas neste período de pandemia.
Administração dos CTT terá decidido não avançar para ‘lay-offSabemos que há algumas dificuldades, mas não temos notícia de uma degradação excessiva do serviço" face a uma situação "que é difícil e desafiante", afirmou Pedro Nuno Santos, na comissão parlamentar.
O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações disse que as informações que tem são de que a administração dos CTT terá decidido recentemente não avançar para ‘lay-off’, o que considerou uma “decisão corajosa”.
A informação que tenho é que a administração dos CTT terá decidido muito recentemente que não ia para ‘lay-off’”, adiantou Alberto Souto de Miranda, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de uma audição regimental.
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O secretário de Estado congratulou-se com a decisão da administração da empresa, classificando-a de “corajosa”, numa altura de quebra de receitas, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19, nomeadamente a diminuição de 40% nas receitas do tráfego internacional de encomendas.
Quanto aos despedimentos, Souto de Miranda defendeu que os CTT “são talvez a melhor empresa portuguesa”, com 12.300 trabalhadores, nenhum despedimento durante a crise e “apenas a não renovação de 50 trabalhadores” com contratos a termo.
O secretário de Estado das Comunicações aproveitou, ainda, a ocasião para deixar uma palavra de reconhecimento, não apenas à administração dos CTT, mas também aos próprios carteiros, que fizeram o esforço de ir entregar os vales das reformas a casa de 40.000 beneficiários, numa primeira fase.
Foi uma iniciativa com risco para os próprios trabalhadores dos CTT e queria deixar uma palavra de reconhecimento aos trabalhadores que ajudaram a solucionar esse problema”, sublinhou o governante.
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Alberto Souto de Miranda admitiu que tudo se encaminha para que haja condições para negociar a renovação do contrato de concessão com esta administração da empresa de correios.
5G: secretário de Estado das Comunicações diz que há condições para retomar processoTemos de dar o benefício da dúvida a esta administração, que, até agora, tem demonstrado ter alguma responsabilidade social, num contexto de quebra”, considerou.
O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, considerou que "haverá condições" para retomar a migração da televisão digital terrestre (TDT), tal como para avançar com o processo da quinta geração móvel (5G).
Creio que agora haverá condições de movimento social e técnicas para, com prudência, prosseguir essa migração por forma a que o processo se conclua", afirmou, referindo-se à migração da frequência 700 megahertz (MHz) da TDT, essencial para o arranque do 5G.
O processo de migração foi interrompido devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus
Também haverá condições para retomar o processo 5G, sendo certo que os operadores estão agora menos entusiasmados porque estão com as sua capacidades financeiras mais limitadas", considerou.
Mas uma coisa é a definição dos direitos [de atribuição das frequências 5G], outra coisa é o pagamento respetivo", rematou.
Assistimos neste período a um fenómeno de digitalização acelerada", com a maior parte das pessoas a entrar em regime de teletrabalho, ensino à distância", afirmou o governante.
As redes foram resilientes, não há notícias de situações de dificuldade de rede e de conectividade, não obstante o significativo aumento do tráfego", que em alguns segmentos ultrapassou os 60%, acrescentou.
Estamos todos também a aprender em conjunto", considerou, apontando que no caso do teletrabalho "o respeito pelos horários de trabalho não existe", dando o exemplo de que "há trabalhadores que estão em 'call' permanente".
Referindo-se ao "direito de ser desligado", Alberto Souto de Miranda disse que é preciso refletir sobre esta mudança.
"Vamos ter que pensar nessas novas regras de trabalho à distância, o teletrabalho veio para ficar, a mobilidade pode mudar também", considerou.
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