Mais de metade das pessoas que estão sem trabalho em Portugal (64,17%) ainda não recebeu o subsídio de desemprego, relativo ao mês de Março. Ou seja, são cerca de 360 mil os desempregados que não viram o saldo da conta bancária aumentar, pelo menos até agora.
O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social diz tratar-se de um «problema informático no processamento dos subsídios», avança o «Diário de Notícias», esta segunda-feira.
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A Confederação dos Trabalhadores (CGTP) tem outra versão: a administração pública deixou de funcionar de forma eficaz pela corrida às reformas. E «o problema de fundo que se coloca é a degradação nos serviços», segundo uma representante da comissão executiva da CGTP. Maria do Carmo Tavares exemplificou, dizendo que «só do Instituto da Segurança Social já saíram 3 mil trabalhadores».
Começou por haver um dia de atraso no processamento dos subsídios, mas com a demora das transferências bancárias, a situação complicou-se. Em vez de um, foram «vários [dias de atraso] e os beneficiários só terão o dinheiro disponível nas contas segunda ou terça-feira», disse fonte do gabinete de Helena André ao mesmo jornal.
Afinal ficar em casa pode ser mais rentável do que trabalhar
Quem recebe o subsídio por cheque deverá tê-lo em mãos ainda no arranque desta semana. A mesma fonte frisa, no entanto, que não existe uma «data fixa para o pagamento dos subsídios de desemprego, embora façamos um esforço para criar uma rotina. As únicas prestações sociais que têm data fixa de pagamento são as reformas».
Há 561.315 inscritas nos centros de emprego, em Portugal, segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, relativos a Fevereiro.
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