Espanha já se iniciou nesta batalha em meados de Abril. Portugal foi a seguir, com o BPI a ser o primeiro a tentar conquistar o dinheiro dos portugueses: a banca necessita de captar fundos e, para isso, nada como tornar os depósitos a prazo mais atractivos. O «Diário Económico» sublinha que a actualização do preçário da instituição liderada por Fernando Ulrich, subindo a remuneração pelos depósitos, sobretudo para maiores montantes e prazos mais alagados, é sinal de que os tempos mudaram e a estratégia de «funding» dos bancos também.
A edição desta sexta-feira do «Diário Económico», passa em revista alguns dos sinais «bélicos» da banca, que se identificam claramente nos outdoors e nas campanhas publicitárias que invadem rádio e televisão. Os bancos apostam nos «slogans» que pensam no futuro, na segurança, e na certeza de alcançar o melhor rendimento, apesar de, se em Espanha a taxa média fixa-se nos 2,48%, em Portugal chegou aos 1,37% em Julho, depois de uma subida recorde, o que compara com 1,13%, em Maio.
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Portugal está assim abaixo da média da Zona Euro, com o valor médio oferecido pelos 16 da área do euro a alcançar os 2,15%.
Para João Duque, presidente do ISEG, esta disputa pelo dinheiro dos portugueses é «natural», já que é uma das «formas ainda baratas de obtenção de crédito da banca». Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, explica: «Por via da necessidade de aumentar a base de poupança e, sobretudo, devido à sua estabilização, os bancos viram-se coagidos a uma maior agressividade no estabelecimento de preços nos seus depósitos».
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