O Estado português emitiu esta quarta-feira 1,012 mil milhões de euros dedívida pública, colocada por meio de dois leilões e com juros ligeiramente mais altos do que em emissões anteriores com as mesmas maturidades.
Os valores emitidos superaram em 12 milhões de euros a estimativa do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), que tinha anunciado a intenção de conseguir mil milhões de euros, através de dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro com maturidade em 19 de Agosto de 2011 e 18 de Março de 2011, que tinham como montante indicativo 500 milhões de euros cada.
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Num dos leilões, de Bilhetes do Tesouro a 6 meses, no valor de 500 milhões de euros, o juro médio foi de 2,045%, acima do juro de 1,96% registado no leilão anterior do dia 4 de Agosto. Aqui, a procura superou a oferta em 2,4 vezes.
Também na maturidade a 12 meses, Portugal pagou mais juros para colocar dívida soberana no mercado, em comparação com a emissão anterior, conforme indicam os dados da agência de informação financeira Bloomberg.
Neste caso, foram colocados no mercado 512 milhões de euros ao juro médio de 2,756%, acima do juro de 2,727% registado num leilão com as mesmas características a 18 de Agosto. A procura superou a oferta em 2,1 vezes.
A subida das taxas de juros pedidas pelos investidores para comprar dívida pública portuguesa está de acordo com a antecipação feita por analistas à agência Lusa há duas semanas, aquando da realização de outro leilão pelo IGCP.
Na altura, os especialistas afirmaram que as taxas de juro que Portugal paga quando emite dívida pública podem voltar a agravar-se no segundo semestre.
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