Os bancos da Grécia estão a assistir a uma verdadeira corrida aos depósitos. Os gregos temem os resultados das eleições de domingo, temem que o país possa ser forçado a sair do euro. Por isso, estão a levantar entre 500 a 800 milhões de euros por dia das maiores instituições financeiras do país.
Dos bancos mais pequenos, estão a ser retirados entre 10 a 30 milhões de euros. «Isso inclui levantamentos, transferências bancárias e investimentos em fundos monetários, obrigações alemãs, norte-americanas e do Banco Europeu de Investimento», disse à Reuters um alto responsável da banca grega, que falou sob condição de anonimato.
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Os dados do banco central da Grécia mostram que os depósitos encolheram cerca de 17%, qualquer coisa como 35,4 mil milhões de euros, só no ano passado, e a corrida aos levantamentos tem sido cada vez maior este ano.
Também os comerciantes adiantaram que os gregos estão a comprar bens enlatados para se abastecerem em grandes quantidades. É o espelho do medo da população que se prepara para a eventual vitória da esquerda radical e para o temido regresso do dracma.
«As pessoas estão aterrorizados com a perspetiva de voltar ao dracma e alguns acreditam que é melhor encher a casa de produtos alimentares», afirmou um responsável do comércio, Vassilis Korkidis, que frisou que «não devemos entrar em pânico. Encher o armário com alimentos não significa que vamos sair da crise».
Ontem, o líder do Syriza, Alexis Tsipras, prometeu tentar manter a Grécia na moeda única.
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