A comissão de vencimentos da EDP vai propor que o seu presidente executivo, António Mexia, continue a receber 600 mil euros anuais fixos. Ou seja, a mesma remuneração desde 2006, a que acresce uma remuneração variável que pode atingir os 80% da fixa.
Em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a comissão de vencimentos propõe manter nos próximos três anos o mesmo salário fixo anual, diminuindo a remuneração variável anual, mas aumentando o prémio plurianual.
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A proposta, que será discutida na assembleia geral de 17 de abril, refere ainda que, os restantes administradores executivos continuarão a ganhar 80% da remuneração atribuída a António Mexia.
A comissão de vencimentos, liderado por Alberto de Castro, refere que «as linhas fundamentais da política de remunerações não serão substanciais» e que têm em conta a alteração na estrutura acionista da EDP.
A proposta é baseada em termo de comparação com «empresas de dimensão semelhante do PSI20 nacional» e com empresas estrangeiras, «nomeadamente ibéricas que integrem o Eurostoxx Utilities».
EDP pagou 1 milhão a Mexia no ano passado
O mesmo comunicado nota que, «não obstante as críticas de que tem sido objeto, o modelo de remunerações dos membros executivos da administração em que haja uma componente variável, continua a ser considerado como aquele com maior potencial para salvaguardar esse alinhamento estratégico de interesse».
A última remuneração de António Mexia fixou-se em cerca de um milhão de euros, com a componente variável e fixa, sendo que em 2009 recebeu 3,1 milhões de euros com o prémio plurianual.
Este ano, após ter cumprido mais um mandato, António Mexia voltará a receber o prémio plurianual se a comissão de vencimentos considerar que os objetivos foram cumpridos.
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