Os planos de poupança-reforma (PPR) praticam comissões de subscrição, em média, 13 vezes superiores às de aplicações idênticas, como os fundos mistos defensivos, denuncia a Proteste Poupança, que analisou 76 produtos.
O estudo revela «diferenças de preços significativas». Com uma polí¬tica de investimentos semelhante, os fundos de investimento mistos cobram uma média de 0,1% por entrega. Já os seguros PPR com capital garantido atingem 1,3%, ou seja, 13 vezes mais.
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«O Prévoir PPR, que não aceitou participar no estudo, exige uma comissão máxima de 5,26%: cerca de 53 vezes mais», aponta o estudo.
«As comissões de gestão também são elevadas», sendo que os fundos PPR com maior componente de acções revelam-se mais caros: os neutros prati¬cam uma média de 1,7% e os agressivos de 2%, números mais dilatados do que os 1,2% dos fundos mistos defensivos.
Outro ponto criticado é a falta de segurança. «Há cada vez mais seguros PPR que não garantem o capital. E, em caso de fraude ou falência da se¬guradora, o sistema de protecção pode ser insuficiente para indemnizar o consumidor», denuncia.
«Além de reservas técnicas, deveria existir um mecanismo compensatório independente da seguradora». Já em Novembro de 2009, a proteste Poupança comunicou estas reivindicações ao Ministério das Finanças, ao Instituto de Seguros de Portugal e à Comissão do Mer¬cado de Valores Mobiliários.
«Bancos e seguradoras têm alimen¬tado os cofres à conta dos benefícios fiscais», pode ler-se no artigo.
Em 2009, os portugueses depositaram 3,3 mil milhões de euros em PPR. «Num só ano, as segu¬radoras encaixaram 37 milhões de euros mais do que as sociedades gestoras de fundos mistos», revelam as contas da revista.
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