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Poupança: fuja deste produto. É caro

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Deco aconselha certificados do Tesouro a quem quer aplicar dinheiro por 5 a 10 anos e não gos¬ta de correr riscos, além de querer uma garantia de rendimento. Mas tem de ter pelo menos mil euros

Os seguros de capitalização distinguem-se dos seguros tradicionais porque o objectivo não é cobrir qualquer tipo de risco mas antes constituir uma poupança. Esta é uma das formas que podem assumir, por exemplo, os Planos Poupança Reforma, cuja procura tem disparado nos últimos tempos. Aliás, é até a mais frequente. Mas, de acordo com a Deco, estes produtos são caros e desinteressantes.

«Os seguros de capitalização que garantem o montante investido e ofe¬recem rendimento variável têm custos elevados e falta de liquidez e, em 2009, só renderam 2,6% brutos, o valor mais baixo da última década», refere um artigo publicado na Proteste Poupança de Julho. A revista analisou estes produtos e concluiu que, para os mesmos prazos, os certificados do tesouro (o novo produto de poupança criado pelo Governo) são mais interessantes.

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Comercializados por bancos e seguradoras que operam no ramo vida, os seguros de capitalização são produtos de pou¬pança indicados para prazos superiores a 8 anos, dado a taxa de impos¬to sobre o rendimento (8,6%) ser inferior à da maioria das aplicações (21,5%). Permitiam algumas deduções no IRS, que entretanto o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) eliminou, o que faz com que os benefícios fis¬cais diminuam em 2010.

Por isso mesmo, diz a Deco, resta a estes produtos o rendimento. O Solução Investimento e o Solu¬ção Poupança, da Zurich, são os mais rentáveis: obtiveram 3,5% e 3,7% brutos, em 2009 e nos últimos 5 anos.

«Os ganhos são superiores aos dos depósitos, mas ficam muito aquém dos pagos por outras opções de baixo risco para o mesmo prazo. É o caso dos recém-criados certificados do tesouro. Não exigem co¬missões e permitem maior liquidez. Também marcam pontos no terreno da segurança, pois beneficiam da garantia do Estado. Já perante falên¬cia ou fraude de uma seguradora, o mecanismo protector do investidor pode não ser suficiente para compensar os prejuízos», adverte.

Contas feitas, a Deco aconselha quem pretender investir por um prazo de 5 a 10 anos e não gos¬tar de correr riscos, além de querer uma garantia de rendimento, a optar pelos certificados do tesouro, onde tem de aplicar, no mínimo, 1.000 euros.

Aos que já subscreveram um seguro de capitalização, a Deco lembra que podem deixar de fazer entregas e aplicar em certificados.

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